sábado, 22 de outubro de 2016

O HOMEM DE BEM

O verdadeiro homem de bem é aquele que pratica a lei de justiça, de amor e caridade, na sua maior pureza. Se interroga a sua consciência sobre os próprios atos, pergunta se não violou essa lei, se não cometeu o mal, e fez todo o bem que podia, se não deixou escapar voluntariamente uma ocasião de ser útil, se ninguém tem do que se queixar dele, enfim, se fez aos outros tudo aquilo que queria que os outros fizessem por ele.
Tem fé em Deus, na sua bondade, na sua justiça e na sua sabedoria; sabe que nada acontece sem a sua permissão, e submete-se em todas as coisas à sua vontade.
 
Tem fé no futuro, e por isso coloca os bens espirituais acima dos bens temporais.
 
Sabe que todas as vicissitudes da vida, todas as dores, todas as decepções, são provas ou expiações, e as aceita em murmurar.
 
O homem possuído pelo sentimento de caridade e de amor ao próximo faz o bem pelo bem, sem esperar recompensa, paga o mal com o bem, torna a defesa do fraco contra o forte e sacrifica sempre o seu interesse à justiça.
 
Encontra sua satisfação nos benefícios que distribui, nos serviços que presta, nas venturas que promove, nas lágrimas que faz secar,nas consolações que leva aos aflitos. Seu primeiro impulso é o de pensar nos outros, antes que em si mesmo, de tratar dos interesses dos outros, antes que dos seus. O egoísmo, ao contrário, calcula os proveitos e as perdas de cada ação generosa.
 
É bom, humano e benevolente para com todos, sem distinção de raças nem de crenças, porque vê todos os homens como irmãos.
 
Respeita nos outros todas as convicções sinceras, e não lança o anátema aos que não pensam com ele.
Em todas as circunstâncias, a caridade é o seu guia. Considera que aquele que prejudica os outros com palavras maldosas, que fere a suscetibilidade alheia com o seu orgulho e o seu desdém, que não recua à ideia de causar um sofrimento, uma contrariedade, ainda que ligeira, quando a pode evitar, falta ao dever do amor ao próximo e não merece a clemência do Senhor.
 
Não tem ódio nem rancor, nem desejos de vingança. A exemplo de Jesus, perdoa e esquece as ofensas, e não se lembra senão dos benefícios. Porque sabe que será perdoado, conforme houver perdoado.
 
É indulgente para as fraquezas alheias, porque sabe que ele mesmo tem necessidade de indulgência, e se lembra destas palavras do Cristo: “Aquele que está sem pecado atire a primeira pedra”.
 
Não se compraz em procurar os defeitos dos outros, nem pô-los em evidência. Se a necessidade o obriga a isso, procura sempre o bem que pode atenuar o mal.
 
Estuda as suas próprias imperfeições,e trabalha sem cessar em combatê-las. Todos os seus esforços tendem a permitir-lhe dizer, amanhã, que traz em si alguma coisa melhor do que na véspera.
 
Não tenta fazer valer nem o seu espírito, nem os seus talentos, às expensas dos outros. Pelo contrário, aproveita todas as ocasiões para fazer ressaltar as vantagens dos outros.
 
Não se envaidece em nada com a sua sorte, nem com os seus predicados pessoais, porque sabe que tudo quanto lhe foi dado pode ser retirado.
 
Usa mas não abusa dos bens que lhe são concedidos, porque sabe tratar-se de um depósito, do qual deverá prestar contas, e que o emprego mais prejudicial para si mesmo, que podrá lhes dar, é pô-los ao serviço da satisfação de suas paixões.
 
Se nas relações sociais, alguns homens se encontram na sua dependência, trata-os com bondade e benevolência, porque são seus iguais perante Deus. Usa sua autoridade para erguer-se a moral, e não para os esmagar com o seu orgulho, e evita tudo quanto poderia tornar mais penosa a sua posição subalterna.
O subordinado, por sua vez, compreende os deveres da sua posição e tem o escrúpulo de procurar cumpri-los conscientemente.
 
O homem de bem, enfim, respeita nos seus semelhantes todos os direitos que lhes são assegurados pelas leis da natureza, como desejaria que os seus fossem respeitados.
 
Esta não é a relação completa das qualidades que distinguem o homem de bem, mas quem quer que se esforce para possuí-las, estará no caminho que conduz às demais.
 
O Evangelho Segundo o Espiritismo - CAP XVII - Sede Perfeitos.
 
Elaine Saes

AFIRMAÇÕES - PARA TODOS NÓS ESTUDANTES DESTE PLANETA TERRA



1 Agir na construção do bem.
2 Evitar posição de aluno que estuda e não se harmoniza com a lição.
3 Obedecer como instrumento nas mãos do Divino Mestre.
4 Concretizar os princípios da fé em manifestação de vida.
5 Concretizar os princípios da fé em atitudes de amor.
6 Concretizar os princípios da fé em trabalho edificante.
7 Praticar as lições recebidas moldando às experiências de cada dia.
8 Dedicar-se ao trabalho que a seara reclama.
9 Alcançar a meta proposta, colocando de lado os impedimentos.
10 Perseverar na prova de amor e luz que me foi proposta.
11 Aprender sempre para compreender e servir.
12 Harmonizar e Evangelho nas experiências de cada dia.
13 Fortalecer a fé para governar os próprios impulsos.
14 Cultivar a fé operando serviço e elevação.
15 Desprender-se.
16 Afinar o instrumento de serviço pela vitória do Evangelho em minha vida.
17 Oferecer boa vontade e trabalho na tarefa que me foi confiada.

“JESUS MOSTROU O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, MAS A RESISTÊNCIA AO BEM ENTRAVA O CRESCIMENTO ESPIRITUAL.
TRANSFORMAÇÃO PELA METADE, SEM ESFORÇO CONTINUADO NÃO RESOLVE.”

Texto extraído da E.A.E. do Grupo Socorrista Itaporã – S.P. Capital - Brasil

Elaine Saes

terça-feira, 18 de outubro de 2016

A CARIDADE SEGUNDO SÃO PAULO



Se eu falar as línguas dos homens e dos anjos, e não tiver caridade, sou como o metal que soa, ou como o sino que tine. E se eu tiver o dom de profecia, e conhecer todos os mistérios, e quanto se pode saber; e se tiver toda a fé, até ao ponto de transportar montes, e não tiver caridade, não sou nada. E se eu distribuir todos os meus bens em o sustento dos pobres, e se entregar o meu corpo para ser queimado, se todavia não tiver caridade, nada disto me aproveita.

A caridade é paciente, é benigna; a caridade não é invejosa, não obra temerária nem precipitadamente, não se ensoberbece, não é ambiciosa, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal, não folga com a injustiça, mas folga com a verdade.

Tudo tolera tudo crê, tudo espera, tudo sofre.

A caridade nunca, jamais há de acabar, ou deixem de ter lugar as profecias, ou cessem as línguas, ou seja abolida a ciência.

Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e a caridade, estas três virtudes; porém a maior delas é a caridade.

(Paulo, Coríntios, XIII: 1-7 e 13).

OS INFORTUNIOS OCULTOS



Nas grandes calamidades, a caridade se, e veem-se generosos impulsos para reparar os desastres. Mas, ao lado desses desastres gerais, há milhares de desastres particulares, que passam despercebidos, de pessoas que jazem num miserável catre, sem se queixarem. São esses os infortúnios discretos e ocultos, que a verdadeira generosidade sabe descobrir, sem esperar que venham pedir assistência.

Quem é aquela senhora de ar distinto, de trajes simples, mas bem cuidados, seguida de uma jovem que também se veste modestamente? Entra numa casa de aspecto miserável, onde sem dúvida é conhecida, pois à porta é saudada com respeito. Para onde vai? Sobe até a água furtada; lá vive uma mãe de família, rodeada pelos filhos pequenos. À sua chegada, a alegria bilha naqueles rostos emagrecidos. É que ela vem acalmar todas as suas dores. Traz o necessário, acompanhado de suaves e consoladoras palavras, que fazem aceitar a ajuda sem constrangimentos, pois esses infortunados não são profissionais de mendicância. O pai se encontra no hospital, e durante esse tempo a mãe não pode suprir as necessidades.

Graças a ela, essas pobres crianças não sofrerão nem frio nem fome; irão à escola suficientemente agasalhadas e no seio da mãe não faltará o leite para os menorzinhos. Se uma entre elas adoece, não lhe repugnará prestar-lhe os cuidados materiais. Dali seguira para o hospital. Na esquina, uma carruagem a espera, verdadeiro depósito de tudo que vai levar aos protegidos, que visita sucessivamente. Não lhes pergunta pela crença, nem pelas opiniões, porque, para ela, todos os homens são irmãos e filhos de Deus. Finda a visita, ela diz a si mesma. Comecei bem o meu dia. Qual é o seu nome? Onde mora? Ninguém o sabe. Para os infelizes, tem um nome que não revela a ninguém, mas é o anjo da consolação. E, à noite, um concerto de bênçãos se eleva por ela ao Criador: católicos, judeus, protestantes, todos a bendizem.

Por que se veste tão simplesmente? Para não ferir a miséria com seu luxo. Por que se faz acompanhar da filha adolescente? Para lhe ensinar como se deve praticar a beneficência. A filha também quer fazer a caridade, mas a mãe diz: “Que podes dar, minha filha, se nada tens de teu? Se te entrego alguma coisa para dares aos outros, que mérito terás? Serei eu , na verdade, quem farei a caridade, e tu quem terás o mérito? Isso não é justo. Quando formos visitar os doentes, ajudar-me-ás a cuidar deles, pois dar-lhes cuidados é dar alguma coisa. Isso não te parece suficiente? Nada mais simples; aprende a fazer costuras úteis, e assim confeccionarás roupinhas para essas crianças, podendo dar-lhes alguma coisa de ti mesma”. É assim que esta mãe verdadeiramente cristã vai formando sua filha na prática das virtudes ensinadas pelo cristo. É espírita? Que importa? 

Para o meio em que vive, é a mulher do mundo, pois sua posição o exige; mas ignoram o que ela faz, mesmo porque não lhe interessa outra aprovação que a de Deus e a da sua própria consciência. Um dia, porém, uma circunstancia imprevista leva à sua casa uma de suas protegidas, para lhe oferecer trabalhos manuais. Psiu! – disse-lhe ela, - não contes a ninguém!- Assim falava Jesus.

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO - CAP XII
– Que a Mão Esquerda Não Saiba o que Faz a Direita.




domingo, 16 de outubro de 2016

CURSO DE FILOSOFIA ESPÍRITA LIVRO 3 CAP 8




VIRTUDES – DEFEITOS – REFORMA INTERIOR

Bibliografia 

MANUEL PRÁTICO DO ESPÍRITA – Ney Prieto – Ed melhoramentos

REFLEXÃO

A LOGÍSTICA DE UMA GUERRA

Podemos associar a reforma íntima a uma guerra?

Sim, a guerra surda que travamos de nós para conosco mesmo. As imperfeições estando em nosso interior, precisamos do “conhece-te a ti mesmo” socrático e do conhecimento do nosso inimigo.

Buscando uma estratégica e uma logística adequada basta nos amarmos com a vontade para iniciar o bom combate.

Sócrates nos forneceu o primeiro passo. Os passos seguintes que é o conhecimento do inimigo, as imperfeições e o conhecimento do caminho, as virtudes podemos adquirir.

E a estratégia do combate, onde adquiri-la e como exercitá-la?

1 PARTE: OBJETIVO DESTA AULA

Esta aula tem por finalidade aprofundar os estudos e a reflexão de temas tão importantes da evolução espiritual. importante o conhecimento desses conceitos, suas aplicações e o porquê de sua incorporação em nossos procedimentos ou porque devemos nos afastar de outros.

2 PARTE: INTRODUÇÃO

O determinismo da evolução espiritual na fase hominal se manifesta através do desenvolvimento intelectual e moral. É o amai-vos e instrui-vos legado por Kardec. Enquanto nos bancos escolares se aprende a intelectualidade, dentro dos templos religiosos  é que se adquire a moralidade.

Nesta aula será tratado esse desenvolvimento moral. O termo moral exprime as formas do bom relacionamento entre os homens.

3 PARTE: AUTOMATISMOS E COMPORTAMENTOS NO REINO ANIMAL

Os comportamentos no reino animal visam à sobrevivência e a preservação da espécie. As atitudes são muito previsíveis tendo em vista que cada ser se ocupa da própria vida ou quando muito os atos se estendem a sua prole. Ou seja, impera um certo “egoísmo”. Desconhece-se a amizade, menos o amor, no máximo os cuidados necessários aos recém-nascidos. Sempre  como o objetivo da preservação e sobrevivência. A comida não é repartida igualmente. Primeiro alimenta-se os mais fortes. Os mais fracos não são mantidos pelos mais, fortes, pelos mais vigorosos.

Nos reinos inferiores estabelecem-se os automatismos fisiológicos, ou seja, os hábitos incorporados pelo psiquismo com fins de sobrevivência e conservação.

4PARTE: O ADVENTO DA RAZÃO E DA CONSCIENCIA – MUDANÇA DE PARADIGMAS – A VIDA DE RELAÇÕES

Com advento da razão ocorrem mudanças significativas de comportamentos. Elas se processam, entretanto, de maneira lenta. Juntamente com a razão o homem adquire a consciência de si e do outro. O eu e o outro. O sujeito e o objeto. O inferior e o exterior. A reflexão.

Com o reconhecimento da existência do outro e com a possibilidade do raciocínio, muda o direcionamento da vida de relação.  Ocorre uma mudança de paradigma. No mundo animal tudo ia bem quando o individuo ia bem, já no mundo hominal, tudo vai bem quando todos vão bem. Em outras palavras, o “eu” se expande.

A expansão do “eu” se manifesta na vida de relações. Nós, seres humanos, somos como os  nós de uma teia de aranha; estamos ligados uns aos ouros pelos fios da teia. Cada fio é uma relação. Os atos que realizamos são com movimentos do nosso nó, afetamos os outros nós. E eles nos afetam com suas movimentações. Enfim, nossa vida, nossa existência é uma vida de relações. Relações no trabalho, no clube, na igreja, no partido, no esporte. Podemos até termos momentos de isolamento, mas a grande parte do tempo é nos relacionamentos uns com os outros. Enfim, nossa vida é uma teia, nós nos afetamos uns na vida dos outros.

5 PARTE: IMPERFEIÇÕES E VIRTUDES – INFELICIDADE E FELICIDADE

Virtudes são todos os procedimentos que favorecem a vida de relações ou ações que auxiliam a expansão do eu. Do interno para o externo, do eu para o todo.

Imperfeições são os procedimentos que dificultam aquela expansão, é o caminho inverso do anterior. Do externo para o interno, do todo para o eu.

A felicidade ou o bem-estar no mundo animal se manifesta pelo bem-estar do eu indivíduo independente do que ocorre no exterior dele. A felicidade no mundo hominal se manifesta pela felicidade do eu expandido.

No mundo consciente, as virtudes facultam o bem-estar do eu individuo. Sob outra ótica, virtude e imperfeições estão intimamente ligadas à atração e repulsão respectivamente. O mesmo acontece com o amor e com o ódio que se tratam de forças atrativas e repulsivas também. 

6 PARTE: O CAMINHO DO MEIO – CARENCIAS E EXAGEROS

A moral aristotélica caminha junto com a moral oriental ao apresentar o meio como sendo o equilíbrio do ser humano. Esse equilíbrio traz a harmonia e ela nos torna feliz.

O proverbio chinês diz que entre os extremos devemos escolher o caminho do meio. Aristóteles afirma que não devemos ter coragem nem em excesso, nem em falta. O mesmo com a vaidade, com a ociosidade e assim por diante. 

O Universo sempre caminha em direção a harmonia que é a perpetuidade. O caos ou o desequilíbrio quando existe é efêmero ou temporário.

7 PARTE: HABITOS E COSTUMES – SUAS ORIGENS

A receptibilidade de um ato por parte do homem passará a ser automatismo que depois de incorporado pode até se tornar imperceptível pelo indivíduo. Esse hábito pode ser no aspecto positivo ou negativo, por exemplo, se adquirirmos o habito de sorrir ou se adquirirmos o habito de franzir a testa constantemente, estabelece-se aquilo que chamamos automatismo morais.

O meio pode contribuir para hábitos maléficos ou benéficos. Exemplo, um meio alegre, favorece hábitos alegres, o meio acadêmico favorece o habito da pesquisa e da leitura, pelo lado benéfico.

Um meio agressivo e violento favorece hábitos agressivos e violentos, um meio hostil e repressivo favorece hábitos inseguros.

A conjunção do incentivo do meio com a problemática interna do individuo (medos, traumas, ansiedades) leva a aquisição de hábitos maléficos.

8 PARTE: IMPERFEIÇÕES – VICIOS E COMPULSÕES

Os vícios são imperfeições cujas maiores consequências soa os ataques ao eu. Sua origem está nos hábitos adquiridos no decorrer da existência. Geralmente os vícios agridem diretamente o próprio corpo do individuo e de forma menos agressiva os que estão próximos. É o caso do fumo, do álcool e das drogas. Já o jogo, os abusos sexuais atingem também o semelhante.

As compulsões são hábitos cuja origem esta mais na problemática interna da pessoa. Assim temos a compulsão a comida (a gula), a compulsão ao sexo (abusos sexuais) e a compulsão a compra (o consumismo)

9 PARTE: IMPERFEIÇÕES – DEFEITOS

Os defeitos são as imperfeições da alma. Eles estão relacionados com o psiquismo humano. Os defeitos procuram colocar o “eu” no centro do mundo, ou seja, todas as ações devem estar voltadas para mim. São os resquícios do mundo animal, ondem a sobrevivência imperava.

O defeito tem como pano de fundo o egoísmo, a preguiça e a insegurança, heranças do reino anterior.

 Todos os demais estão com eles relacionados. Assim, numa analise primeira conceituamos:

ORGULHO – é a supremacia diante dos outros. O eu querendo ser melhor;
VAIDADE- o eu querendo ser o mais belo;
INVEJA- é o desejo de posse do objeto ou da qualidade do outro;
CIUME- é o desejo que o outro me pertença me seja submisso;
AVAREZA- é o desejo acumulo;
PERSONALISMO- é a evidencia de si sobre os outros;
OCIOSIDADE- é a subjugação a preguiça;
NEGLIGENCIA- é a manifestação da preguiça em coisas de alta responsabilidade;
MALEDISCENCIA- é o destaque dos defeitos e vícios alheios no sentido da autovaloração;
IMPACIENCIA- é a prioridade sobre os demais;
ÓDIO- é o efeito da agressão do outro sobre si;
AGRESSIVIDADE- é o trato violento físico ou verbal do outro;
VINGANÇA- é o revide da ofensa feita a mim de forma violenta ou não.

10 PARTE: VIRTUDES

Os dicionários tratam a virtude de maneira muito ampla, como, “disposição habitual para o bem e para o justo” e discorrem com exemplos com frases de pensadores e escritores famosos utilizando o termo. No dicionário filosófico, a virtude é tratada como sendo a capacidade ou potencia tanto de forma geral como no homem, ou ainda, com a capacidade ou potencia moral no homem. Mostra as citações de alguns filósofos com Aristóteles, Epicuro, Cícero, Abelardo, Espinosa, Kant, Locke, Hegel, Rousseau e Nietschte.

Ousamos dar nossa definição com sendo as virtudes os comportamentos que expandem o eu. Todos os atos humanos no sentido de levar o crescimento do eu para o todo. Relacionamos as principais virtudes com uma pequena analise de cada uma. Elas envolve o sentimento e o raciocínio.

Duas delas são as fundamentais: o altruísmo e a humildade. São os sentidos opostos do egoísmo e do orgulho.

RESIGNIÇÃO – é a aceitação com compreensão;
SENSATEZ- é o caminho do meio, equilíbrio;
PIEDADE – é o entendimento e a aceitação do erro do outro;
BONDADE ou GENEROSIDADE- é a boa ação para com o outro;
AFABILIDADE ou DOÇURA – é o fino trato para com o outro;
TOLERANCIA- é a aceitação do outro como ele é;
PERDÃO- é o entendimento e a aceitação do erro do outro;
BRANDURA- são  as ações no sentido da paz, da não-violência;
COMPANHEIRISMO- ações no sentido de apoio,  ajuda de aproximação;
RENUNCIA- ações no sentido d preterir o outro a si memo.
Rousseau adiciona a todas estas, a coragem. Tanto que em uma de suas máximas relacionada ao assunto é: “não existe felicidade sem coragem, nem virtude sem luta”.

11 PARTE: PESSIMISMO E OTIMISMO – ALEGRIA E TRISTEZA

A esperança tão citada no Novo Testamento, esta intimamente ligada ao otimismo e a alegria, por consequência o pessimismo e a tristeza a desesperança.

O otimismo e a alegria estão no bojo das virtudes, pois atuam de modo significativo em nossos comportamentos.

O pessimismo e a tristeza são atos psíquicos que se situam no “eu profundo” os quais precisam de nossa conscientização para promovermos o embate, a reforma. É o “conhece-te a ti mesmo”.

12 PARTE: COMPREENSÃO – VONTADE – REFORMA INTERIOR

O caminho da felicidade passa pelas virtudes, já dizia Sócrates. À medida que compreendermos isoladamente cada defeito, cada vício e cada virtude, com certeza há despertar de nossa vontade na luta contra as imperfeições. Essa vontade nos leva a ações no sentido de abandono das imperfeições e aquisição de virtudes. Denominamos a isso reforma intima interior.

Assim, a razão, a intelectualidade, o conhecimento e por fim os sentimentos nos facultam a tão desejada reforma onde lentamente iremos galgando os degraus do Reino, o caminho da felicidade.

13 PARTE: CONCLUSÃO

Esta aula vem esclarecer um pouco mais o que a Filosofia propõe (ver os Objetivos da Aula 01) – instrui-vos para entender o amai-vos. Muitos pensadores, teológicos e religiosos colocam que a fé é a única forma para atingirmos o Reino, mas nós ousamos afirmar que a ferramenta que Deus nos deus chamada Razão é também um utensilio poderoso nesse  objetivo. Kardec foi muito feliz ao criar a expressão fé raciocinada. E Sócrates se mostrou muito cônscio ao apregoar : “conhece-te a ti mesmo”.

Alan Krambeck
14 PARTE: MAXIMA / LEITURAS E PREPARAÇÃO PARA PRÓXIMA AULA
LIVRO 3 CAP 9 O PRINCIPIO MATÉRIA – FLUIDO CÓSMICO UNIVERSAL – VIDA
LEITURA]DEUS, ESPÍIRTO E MATÉRIA – Manoel Portásio f. ED FEESP
O LIVRO DOS ESPÍRITOS – Allan Kardec  - ed FEB