domingo, 28 de julho de 2013

Parábolas das Virgens Prudentes e das Néscias

"O Reino de Deus será comparado a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram ao encontro do noivo.
Cinco dentre elas eram néscias (ignorantes) e cinco prudentes. As néscias, tomando as suas lâmpadas não levaram azeite  consigo; mas as prudentes levaram azeite em suas vasilhas, juntamente com as lâmpadas. Tardando o noivo, toscanejaram todas e adormeceram. Mas à meia noite ouviu-se um grito; Eis o noivo! Saí a seu encontro! Então se levantaram todas aquelas virgens e preparam suas lâmpadas. E disseram as néscias às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas estão apagadas! Porém as prudentes responderam: Talvez não haja bastante para nós e para vós. Enquanto foram comprá-lo, veio o noivo; e as que estavam apercebidas entraram com ele para as bodas e fechou-se a porta. Depois vieram as outras virgens e disseram: Senhor, Senhor, abre-nos a porta! Mas ele respondeu: Em verdade vos digo que não vos conheço.
"Portanto, vigiai, porque não sabeis nem o dia, nem a hora". (Mt, XXV, 1-13)

O sentido da parábola é este:
Há virgens e virgens, porque se umas são prudentes, outras são néscias.
Esta interessante parábola deixa ver bem claro que o Reino dos Céus não é um pandemônio de sábios e ignorantes, não é um ambiente onde tenham a mesma cotação os prudentes e os tolos.
A instrução espiritual é indispensável, assim como o é o instrução intelectual na vida social.
Os que passam a vida ociosamente, dela sugando o que tem de bom a lhes oferecer para a satisfação de seus deleites, os néscios, que julgam obter o Reino de Deus, sem estudo, sem esforço, sem trabalho, finalmente aqueles que não fazem provisão de conhecimentos que lhes aumente a fé, estão sujeitos a verem apagadas as suas candeias, e a perderem a entrada à bodas quando se virem forçados, de um momento para o outro, a fazer aquisição de óleo, que representa os conhecimentos que fazem combustão em nossas almas, ascendendo em nosso coração a lâmpada sagrada da fé.
A fé sem conhecimento pode ser comparada a uma candeia mal provida que à meia noite não dá mais luz.
Assim é a fé dogmática, misteriosa, abstrata: na ocasião das provações, das dores, dos sofrimentos, nessa metade da noite por que todos passam, essa fé é semelhante ao morrão que fumega, da torcida que já sugou a última gota de óleo.
A prudência, ao contrário, manda ao homem que seja precavido, que abasteça abundantemente não só a sua candeia, mas  também a maior vasilha que puder transportar, com o combustível que se converte em luz para lhe iluminar os passos, o caminho, a estrada por onde tem que seguir, e que assim possa, envolto em claridade, afrontar as trevas da noite inteira e ainda lhe sobre luz para como  ela saudar os primeiros raios do Sol nascente.
A prudência manda ao homem que estude, pesquise, examine, raciocine e compreenda.
As virgens, tanto as da primeira condição, como as da segunda, representam a incorruptibilidade, representam todos aqueles que se conservam isentos da corrupção do mundo.
Mas não é bastante resguardar-se da corrupção para se aproximar do grande modelo: Jesus o Cristo.
Assim como sem a condeia bem abastecida de combustível as virgens néscias não puderam ir ao encontro do noivo e entrar com ele nas bodas, assim também sem uma luz que bem esclareça e ainda um provisão de combustível que faça luz, ninguém pode ir ao encontro do Cristo e penetrar nos umbrais da aliança espiritual, para tomar parte nas bodas, cantando hosanas ao santo nome de Deus.
A necedade (ignorância) é um entrave que paralisa o Espírito, arrojando-o depois na mais densa escuridão.
Não é bastante a virgindade espiritual para a entrada da criatura humana no Reino de Deus, mas é preciso que a mesma seja ligada ao conhecimento, a todo o conhecimento que nos foi dado por Jesus Cristo, nosso Mestre e irmão maior.
Não pode haver no Céu um misto de ignorância e de santidade. Toda a santidade. Toda a santidade é cheia de sabedoria, porque é da sabedoria que aliada à santidade que vem a verdadeira fé e a consequência prática das boas obras.
As virgens néscias, por não terem azeite, não encontraram e nem puderam receber o noivo, assim como não tomaram parte nas bodas, porque suas lâmpadas se apagaram à chegada do noivo.
As virgens prudentes, ao contrário, acompanharam o noivo e com ele entraram nas bodas, porque tinham as suas lâmpadas bem acesas.
A religião não é crença abstrata. É um conjunto maravilhoso de fatos, de ensinamentos que se unem, se completam se harmonizam concretamente.
Só os néscios não a compreendem, porque não abastecem as lâmpadas que lhes iluminariam esse reino da verdade, onde as bodas eternas felicitam os espíritos trabalhadores, humildes e prudentes.
A necedade é a antítese da prudência; esta não pode existir onde impera aquela.
Necedade, ignorância, falta de tino, são os maiores entraves à elevação do Espírito para Deus.
A prudência é cheia de sabedoria, de circunspecção, de consideração e de serenidade de Espírito. A prudência não obra desordenadamente, mas se afirma pela temperança, pela sensatez e pela discrição.
O inverno se dá com a necedade. Envolta em trevas, debatendo-se em plena escuridade, não mede as responsabilidades, não prevê consequências, não arrazoa os atos que pratica.
Esta parábola, como dessemos, ensina aos que aspiram o Reino dos Céus, a necessidade da instrução, do cultivo do Espírito, do exercício da inteligência e da razão, para a obtenção do conhecimento supremo, que nos guindará à eterna felicidade.
Não basta dizer: Senhor! Senhor! Não basta proferir preces, nem pronunciar orações mais ou menos emocionantes para que a porta da felicidade nos seja aberta. é preciso, primeiro que tudo, "abastecer a lâmpadas e os vasos". O mandamento não é só : amai-vos, é também: instruí-vos.
A sabedoria é o óleo sagrado da instrução. Sem ela não há caminho para o Reino dos Céus, nem entrada para a  "Casa de Deus".
Sendo nossa estadia na Terra um meio de instrução, seremos néscios se descurarmos desse dever para nos entregarmos a labores ou diversão fúteis que nenhum progresso espiritual nos podem proporcionar.
As cinco "virgens prudentes" simbolizam os que lêem, estudam, experimentam, investigam, raciocinam, procurando compreender a vida, trabalhando pelo seu próprio aperfeiçoamento.
As cinco "virgens néscias" são símbolo daqueles que sabem tudo o que se passou, menos o que precisam saber; não estudam, enfastiam-se quando se lhes fala de assuntos espirituais; chegam mesmo a dizer que,, enquanto estão nesta vida, dela tratarão, reservando o seu trabalho de Espírito para quando se passarem para o outro mundo.
Geralmente, são estes que, nos momentos angustiosos, ou quando a "morte"lhes bate à porta, revestem-se de uma "fé" toda fictícias e exclamam: Senhor! Senhor! E como não podem obter o "óleo" de que fala a parábola pensam poder adquirí-lo com os mercadores, mas ao voltarem encontram "fechada a porta" e ouvem a voz de dentro que lhes diz: "Em verdade não vos conheço"!
É preciso vigiar: procurar a verdade, onde quer que se encontre. É preciso adquirir conhecimentos, luzes internas que nos fazem ver o Senhor e nos permitem ingressar na sua morada.
A religião é luz e harmonia; assim se apresentou ela aos discípulos no Cenáculo: em forma de "línguas de fogo e como um vento impetuoso que encheu toda a sala". E para segui-la é preciso ter olhos e ouvidos.
A necedade nada sabe, nada compreende, nada conhece, nada pensa.
Só a prudência nos pode guiar no caminho da vida aproximando-nos daquele por cujos ditames conseguiremos nossa redenção espiritual.

Extraído do livro Parábolas e Ensinos de Jesus - Caibar Schutel


quarta-feira, 24 de julho de 2013

O Perispírito

Como será o tecido sutil da espiritual roupagem que o homem envergará, sem o corpo de carne, além da morte?
Tão arrojada é a tentativa de transmitir informes sobre a questão aos companheiros encarnados, quão difícil se faria esclarecer à largata com respeito ao que será ela depois de vencer a inércia da crisálida.
Colado ao chão à folhagem, arrastando-se pesadamente , o inseto não desconfia que transporta consigo os germes das próprias asas.
O perispírito é ,ainda, corpo organizado que, representando o molde fundamental da existência para o homem, subsiste, além do sepulcro, demorando-se na região que lhe é própria, de conformidade com o seu peso específico.
Formado por substâncias químicas que transcendem a série estequiogenética conhecida até agora pela ciência terrena, é aparelhagem de matéria rarefeita, alterando-se, de acordo com o padrão vibratório do campo interno.
Organismo delicado, com extremo poder plástico, modifica-se sob o comando do pensamento.
É necessário, porém, acentuar que o poder apenas existe onde prevaleçam a agilidade e a habilitação que só a experiência consegue conferir.
Nas mentes primitivas, ignorante e ociosas, semelhante vestimenta se caracteriza pela feição pastosa, verdadeira continuação do corpo físico, ainda animalizado ou enfermiço.
O progresso mental é o grande doador de renovação ao equipamento do espírito e qualquer plano de evolução.
Nota-se, contudo, que não nos reportamos aqui ao aperfeiçoamento interior.
O crescimento intelectual, com intensa capacidade de ação, pode pertencer a inteligências perversas.
Daí a razão de encontrarmos, em grande número, compactas falanges de entidades libertas dos laços fisiológicos, operando nos círculos da pertubação e da crueldade, com admirável recursos de modificação nos aspectos em que se exprimem.
Não possuem meios para a ascese imediata, mas dispõem de elementos para cominar no ambiente em que se equilibram.
Não adquiriram, ainda, a verticalidade do Amor que se eleva aos santuários divinos, on conquista da própria sublimação, mas já se iniciaram na horizontalidade da Ciência com que influenciam aqueles que, de algum modo, ainda lhes partilham a posição espiritual.
Os "anjos caídos" não passam de grandes gênios intelectualizados com estreita capacidade de sentir.
Apaixonados, guardam a faculdade de alterar a expressão que lhes é própria, fascinando e vampirizando nos reinos inferiores da natureza.
Entretanto, nada foge à trasnformação e tudo se ajusta, dentro do Universo, para o geral aproveitamento da vida.
A ignorância dormente é acordade e aguilhoada pela ignorância desperta.
A bondade incipiente é estimulada pela bondade maior.
O perispírito, quanto à forma somática, obedece as leis de gravidade, no plano a que se afina.
Nos impulsos, emoções, paixões e virtudes nele se expressam fielmente.
Por isso mesmo, durante séculos e séculos nos demoraremos nas esferas da luta carnal ou nas regiões que lhes são fronteiriças, purificando a nossa indumentária e embelezando-a a fim de preparar segundo o esninamento de Jesus, a nossa veste nupcial para o banquete do serviço divino.
Emmanuel
livro Roteiro - piscograf/ F.C.X.

terça-feira, 23 de julho de 2013

A VIAGEM DO AUTOCONHECIMENTO

Se não fosse a persistência desse grande vulto que é Allan Kardec, o que teria sido de todo nós? De mim, que despertei realmente, com a leitura do livro dos espíritos, do evangelho consolador, para abraçar o mundo espiritual das grandes verdades que a codificação encerra.

Todo aquele que quiser ser espírita, tem que deixar muito da sua ânsia de ser compreendido.

Não pode ser hipersensível, não pode mergulhar nas susceptibilidades. Tem de ser, realmente, fraternos e compreensivo. Porque todos nós estamos na terra numa grande viagem, vocês encarnados principalmente.

Nessa grande viagem, vocês sofrem as condições exteriores de agressões, de lutas, provas, efermidades.

Mas vocês estão, também, realizando uma grande viagem interior, Vocês estão conhecendo o caráter, a personalidade, os sentimetos que vocês agasalham dentro da alma e do coração e que só vocês conhecem.

Essa viagem interior, que todos os espíritas devem fazer, que se todas as criaturas a fizessem seria muiro bom, é aquela de auto reconhecimento.

Sabemos que estamos caminhando, trazendo muita coisa que podemos deixar pelos caminhos da terra, para que as nossas almas sejam aladas e consigam empreender o grande vôo para o cimo do Luz.

Sem essa viagem interior com esses permanentes bloqueios que nós teimamos em fazer, não reconhecendo nossas falhas, nossas dúvidas, nossos conflitos, nossas neuroses, nossos traumas, transferindo sempre para o exterior tudo o que sofremos - nós não conseguiremos obter a nossa libertação.

É preciso, meus filhos, viajarmos dentro de nossa própria alma. Porque na grande viagem reencarnatória, dependendo ou não de vocês terão lutas e provlemas, que muitas vezes, esse ponto de agressão, de sentimentos inferiores, Mas, dentro do nosso espírito não, somos senhores absolutos do que pensamos, do que queremos, do que realizamos. Por isso, se as nossas chagas interiores, só nos mesmos podemos curá-las.

Que o mestre, que com suas mãos chagadas cura as chagas de nossas mãos,que nem sempre trabalham pelo próximo e que, muitas vezes, se feriram, ferindo semelhantes, que esse mestre possa, com as suas mãos divinas, acalentar a todos nós, na luz do seu infinito, do seu imenso e bondoso amor.

Bezerra de Menezes

psicograf/ Shyrlene Campos


Parábola dos Servos Bons e Maus

"Quem é, pois, o despenseiro fiel e prudente, ao qual o Senhor confiará a direção de sua casa, para que em tempo devido distribua o alimento? Bem-aventurado aquele servo a quem o senhor, quando vier, achar assim fazendo! Em verdade vos digo que lhe confiará todos os seus bens. Mas se aquele servo disser no seu coração: Meu senhor tarda em a beber, e a embriagar-se, virá o senhor daquele servo no dia porá a sua parte com os infiéis. E aquele servo, que souber a sua vontade, será castigado com muitos açoites; aquele, será punido com poucos açoites. A todo aquele a quem muito é dado, muito lhe será requerido; e a quem muito é confiado, mais ainda lhe será exigido!" (Mt, XXIV, 45-51 - Lc, XII, 42-48.)




O sentido da parábola é este:
Este ensino, que se constitui em verdadeiro mandamento para o "servo vigilante", deixa transparecer bem claramente aos olhos de todos, quais são os servos bons e quais são os servos maus que operam na seara divina.
Não são os que vivem da Religião, comendo e bebendo, que se salientam como obreiros do bem e da verdade!
Não são os que repudiam, condenam e excomungam seus semelhantes, que o Senhor escolheu para seus verdadeiros servos, mas, sim, os que são fiéis à sua palavra e prudentes no cumprimento de seus deveres!
Quem só trabalha pelo numerário, não pode interpretar o pensamento íntimo do Mestre; não pode, por isso, ser sábio. prudente e fiel.
O bom servo só faz os desejos e a vontade de seu senhor, o mau servo faz o que lhe apraz.
Aquele trabalha para cumprir seus deveres; este, por vil interesse e para satisfazer desejos bastardos.
Acresce ainda a circunstância de que os servos bons trabalham sempre, trabalham sem cessar, pois sabem que o trabalhador da última hora não é o que chega por último, mas sim o que trabalha até a última hora, e não regateia esforços para que todos os bens que lhe foram concedidos sejam postos em ação, estejam em movimento para vencerem juros.
O que nos foi confiado, não o foi para ser enterrado ou guardado, como aconteceu ao "talento" entregue ao mau operário, porém, sim, para ser por nós aproveitado e aproveitado pelos que lhe é dado; a quem muito é dado, muito se lhe pedirá; a quem pouco é dado, pouco se lhe pedirá.
Todas as parábolas de Jesus são exortações, convites, conselhos, mandamentos para o observância dos seus ensinos, mas exclusivamente dos seus ensinos, desembaraçados dos enxertos humanos e dos preceitos e mandamentos das igrejas de pedra.
O dia do Senhor é sempre hoje, e sua palavra está sempre guiando e ensinando aos que ele se chegam com boa vontade para aprenderem suas inestimáveis lições! O que disser, pois, "meu senhor tarda a vir". não é um Homem-Espírito, mas, sim, um ser animal que ainda não pode ultrapassar as barreiras que separam o instinto da inteligência, a vida do corpo, a vida da alma, o Reino do Mundo, do Reino de Deus!
Finalmente, os servos bons distinguem-se dos servos maus como se distinguem as laranjas pela sua doçura.

Extraído do livro Parábolas e Ensinos de Jesus - Caibar Schutel

Parábola da Figueira em Vegetação

"Aprendei esta parábola tirada da figueira: quando os seus ramos já se acham tenros e brotam as folhas, sabeis que está próximo o verão; assim também vós, quando virdes todas estas coisas, sabei que ele ( O Filho do Homem) está próximo às portas". (Mt, XXVI, 32-34 - Mt, XII, 28-30 - Lc, XXI, 29-32.)
O sentido da parábola é este:
A figueira era, na Palestina, uma das árvores de maior valor. Ao lado do trigo, da cevada, do centeio, da azeitona, da amêndoa, do bálsamo e da mirra, o figo constituía um dos produtos mais importantes. Esta árvore, como não é de ano inteiro, ao aproximar-se o verão os brotos de sua folhas começam a aparecer, caracteizando assim a mudança de estação.
Para bem assinalar o período da transformação do mundo, que precederia à sua vinda, Jesus comparou-o ao período intermediário entre a primavera e o verão, cujos sinais são descritos no capítulo XXIV do Evangelho de Mateus, assim como a entrada do verão é assinalada pelos brotos da figueira. 
A esse sermão profético se tem cumprido em toda a linha!
A começar pela derrocada dos templos, o mundo tem passado por todas as tribulações - peste, fome, guerras, terremotos, maremotos; dores e sofrimentos de toda a sorte!
Estes brotos de folhas da "figueira mundo", depois de transformados em bastas folhagens e em deliciosos figos, servirão para o preparo da Humanidade, a fim de, mais apta, receber as instruções do Cristo, não exteriormente, mas em  Espírito e Verdade, gravando em sua alma esses talentos com que se resgatará o seu passado e conquistará o seu futuro!
Esta Parábola da Figueira é, pois, uma exortação à vigilância e à observância dos sinais dos tempos, porque à Filho do Homem virá em momento em que ninguém o espera!

Extraído do livro Parábolas e Ensinos de Jesus - Caibar Schutel

Parábola das Bodas


"De novo começou Jesus a falar em parábolas, dizendo-lhes; o Reino dos Céus é semelhante a um rei, que celebrou as bodas de seu filho. E enviando os seus servos a chamar os convidados para a festa, e estes não quiseram vir. Enviou ainda outros servos com este recado: Dizei aos convidados: Tenho já preparado o meu banquete; as minhas reses e os meus cevados estão mortos, e tudo está pronto; vinde às bodas. Mas eles não fizeram caso e foram, um para o seu campo, outro para o seu negócio; e os outros agarrando os servos os ultrajaram e mataram. Mas irou-se o rei, e mandou as suas tropas exterminar aqueles assassinos e incendiar a sua cidade. Então disse aos servos: As bodas estão preparadas, mas os convidados não eram dignos; ide, pois, às encruzilhadas dos caminhos, e chamai para as bodas a quantos encontrardes. Indo aqueles servos pelos caminhos, reuniram todos os que  encontraram, maus e bons; e a sala nupcial ficou cheia de convivas. Mas, entretanto o rei para ver os convivas, notou ali um homem que não trajava veste nupcial e perguntou-lhe: Amigo, como entraste aqui sem veste nupcial? Ele, porém, emudeceu. Então o rei disse aos servos: atai-o de pés, e mãos e lançai-o nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes. Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos". (Mt, XXII, 1-14.)

O sentido da parábola é este: - Caibar Schutel - livro Parábolas e Ensinos de Jesus 


O Cristianismo, como o Espiritismo, representa a celebração das bodas de um grande e rico proprietário, cujo pai não poupa trabalho, sacrifício e dinheiro para dar à festa o maior realce e dela fazendo participar o maior número possível de convivas. E para que todos se fartem, se satisfaçam e se alegrem, o senhor das bodas apresenta-lhes lauta mesa com variadas iguarias, não faltando música e discursos que exaltam o sentimento e a inteligência.
As iguarias apresentam os ensinos espirituais; assim como aquelas satisfazem e fortalecem o corpo, estes mantêm e vivificam o Espírito.
A Parábola das Bodas é uma alegoria, uma comparação do que se verificava naquela época com o próprio Jesus Cristo. 
Os primeiros convidados foram os doutos, os ricos, os sábios, os aristocratas, os sacerdotes, porque ninguém melhor do que estes estavam em condições de participar das bodas, e fazer-se representar naquela festa soleníssima para a qual o Rei dos Céus, sem medir nem pesar sacrifícios, havia mandado à Terra o seu filho, de quem queria celebrar condignamente as bodas.
E quem poderia melhor apreciar Jesus Cristo e compartilhar de suas bodas, admirando a grande sabedoria do Mestre, seja na cura dos enfermos, seja nos prodigiosos fenômenos de materialização e desmaterialização por ele operados, como a multiplicação dos pães e dos peixes, a manifestação do Tabor, a dominação dos elementos e suas sucessivas aparições depois da morte?
Quem estava mais apto para compreender o Sermão do Monte, o Sermão Profético, o Sermão da Ceia, seus ensinos, suas parábolas, senão os doutores, os rabinos, os sacerdotes?
Seriam os pescadores, os carpinteiros, os roceiros, as mulheres incultas?
Infelizmente, porém, o que aconteceu ontem é o que acontece hoje: esta gente, toda ela se dá por excusada: uns porque têm de tratar do seu campo, outros do seu negócio; outros ainda há, como acontece com o sacerdócio romano e protestante, que agarram os servos encarregados do convite, ultrajam-nos, e, se os não matam, é porque temem o Código Penal, que vigora na época nova em que nos achamos.
Que fará o Senhor desta gente que não quer ouvir o seu chamamento, nem aquiescer aos seus reiterados convites?
Quem é o culpado, ou quem são os culpados de estarem, atualmente, festejando a bodas indivíduos sem competência nenhuma para a execução dessa tarefa?
Quais são os responsáveis por haverem tomado lugar na mesa do banquete até pessoas sem o traje nupcial, sem a veste apropriada para tal  cerimônia?
Leiam a Parábola da Bodas os senhores padres, os senhores doutores, os senhores ministros, os senhores que andam transviando seus ouvintes e ledores com uma ciência sem base e uma religião toda material, sem provas, sem fatos, sem raciocínio! Digam: quem tem a culpa da decadência moral, da depressão da inteligência e do sentimento que se verifica em toda parte?!
Se a Parábola das Bodas não tivesse sido proferida para as eminências religiosas e científicas do tempo de Jesus, serviria perfeitamente para as de hoje, que repudiam e combatem o Espiritismo.
Entretanto, o fato é que os indoutos, os pequenos, os humildes de hoje, como os indoutos e humildes de ontem, estão levando de vencida toda essa plêiade de sábios e portentosos; e mesmo sem letras, sem representação e sem veste, auxiliados pelos poderes do Alto, estão concorrendo eficazmente para que as bodas sejam bem festejadas e concorridas!

A VESTE NUPCIAL
Era costume antigo, aliás, como hoje ainda é, usar para cada ato, ou cada cerimônia, uma roupa de acordo com o ato ou a cerimônia a que se vai assistir.
O preconceito de todos os tempos tem determinado o vestuário a ser usado em certas e determinadas ocasiões. É assim que não se vai a um enterro com uma roupa clara, como não se vai a um casamento com um terno de brim.
Aproveitando essas exigências sociais, muito preconizadas pelos escribas e fariseus, e mormente pelos doutores da lei e sacerdotes, Jesus, ao propor a Parábola da Bodas, deu a entender que, o comparecimento e essas reuniões, fazia-se mister uma túnica nupcial; e aquele que não estivesse revestido desta roupagem, seria posto fora e lançado às trevas, onde haveria choro e ranger de dentes, naturalmente por haverem esbanjado tanto dinheiro em coisas de nenhum valor, de preferência à "túnica de núpcias", bem assim por terem perdido o tempo em coisas inúteis, em vez de tecerem, como deveriam, a túnica para comparecer às bodas.
A veste de núpcias simboliza o amor, a humildade, a boa vontade em encontrar a verdade para observá-la ou seja, a pureza das intenções, a virgindade espiritual!
O interesseiro, o mercador, o astuto, o tartufo que, embora convidado a tomar parte na bodas, está sem a túnica, não pode ali permanecer: será lançado fora, assim como será posto à margem o convidado a um casamento a tomar parte nas bodas, está sem a túnica, não pode ali permanecer: será lançado fora, assim como será posto à margem o convidado a um casamento ou a uma cerimônia que não se traje de acordo com o ato a que vai assistir.
Há bem pouco tempo, vimos, por ocasião de um júri numa cidade vizinha, o juiz convidar um jurado "para se compor"só pelo fato de achar-se o mesmo com uma roupa de brim claro. O jurado foi posto fora, visto não estar revestido com a "veste de juízo".

***

Como esteja o Evangelho disseminado em todos os meios sociais ( o que aliás constitui um dos sinais frisantes do "fim do mundo"), só mesmo os homens de má vontade, os orgulhosos,enfatuados e de espírito preconcebido ignoram seus deveres de humildade, para a recepção da palavra divina.
A estes não garantimos êxito feliz quando comparecem ao banquete de espiritualidade, que se está realizando no mundo todo, no consórcio do Céu com a Terra, dos vivos com os mortos, para o triunfo da imortalidade.
Dar-se-á, sem dúvida, com esses turiferários do ouro e turibulários, o que disse Isaías em sua profecia: "Ouvirão e de nenhum modo entenderão; verão e de nenhum modo perceberão".
Justamente o contrário auguramos a todos ao que, "fazendo-se crianças", quiseram achar a verdade para abracá-la, e tenham o firme propósito de o fazer, esteja ela com quem estiver e onde estiver.
Tal é a lição alegórica da Bodas e da Veste de Núpcias.

Extraído do livro Parábolas e Ensinos de Jesus - Caibar Schutel

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OUTRA EXPLICAÇÃO - Eliseu Rigonatti -Livro Evangelho dos Humildes

O rei é Deus. As bodas do filho são a chegada do Evangelho à terra. Os servos são os apóstolos e os demais missionários, que se encarnaram na terra, para ensinarem as leis divinas. Os primeiros convidados são o povo hebreu, que já estava preparado para compreender as novas lições. Mas este povo repeliu o Mestre, e para o seio do Evangelho foram chamados todos os povos da terra. Porém, não basta apenas ser chamado para que se entre no reino dos Céus; é preciso revestir-se da veste nupcial. A veste nupcial simboliza a nova vida, que deve ser vivida de acordo com os preceitos de Jesus; torna-se necessário abandonar as antigas paixões, que eram senhoras da alma. Querer penetrar no reino dos céus, sem primeiro abjurar de todo o mal e reformar-se completamente para o bem, não é possível. E como são poucos os que se reformam segundo o Evangelho, poucos são os escolhidos, embora o Evangelho seja pregado a um grande número.


Aplicando-se esta parábola ao Espiritismo, vemos que os primeiros chamados para o seio dele foram os sábios e pessoas esclarecidas, porque lhes seria mais fácil compreenderem os fenômenos. Depois de intermináveis discussões a ciência repeliu o Espiritismo, e vimos então que ele se espalhou por todas as classes sociais, realizando o “muitos são os chamados”. Mas como o Espiritismo oferece a todos uma clara compreensão das leis divinas, é de esperar-se que muitos serão os escolhidos. 


VESTE NUPCIAL - Edgard Armond - Livro O REDENTOR

O Senhor enviou  seu filho à Terra, para que se fizesse a confratenização dos homens, e todos foram convidados a tão divina realização, tendo sido o Evangelho pregado por toda parte. Mas os homens bem aquinhoados de recursos, não o receberam, nem lhe deram atenção, continuando a viver de suas ambições e interesses materiais e alguns deles, utilizando-se de sua ambições e interesses materiais e alguns deles, utilizando-se dos poderes de que dispunham, perseguiram a mataram os arautos da Boa Nova.

A mensagem foi tão transmitida ao povo humilde, entre bons e maus, pacíficos e violentos, acomodados e rebeldes, e muitos dela se beneficiaram, em magníficas demonstração de fé e desprendimento, Muitos foram os chamados, mas poucos os escolhidos.

O banquete de início oferecido a todos, e ao qual muitos não compareceram, significa a comunhão dos que foram iniciados nas verdades eternas e a estes é que foi entregue a veste nupcial; e o estranho que lá penetrou clandestinamente, é o agente do mal que tenta solapar a obra grandiosa de evangelização do mundo.

Nota- A significação desta parábola é quase a mesma a que se referem os títulos: "Convite desprezados"e "As bodas".

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Causas Espirituais das Doenças

1. O que estrutura espiritualmente o corpo de carne?
O corpo espiritual ou perispírito é o corpo básico, constituído de matéria sutil, sobre o qual se organiza o corpo de carne.
2. O erro de uma encarnação passada pode incluir na encarnação presente, predispondo o corpo físico às doenças? De que modo?
A grande maioria das doenças tem sua causa profunda na estrutura semi-material do corpo espiritual. havendo o espírito agido erradamente, nesse ou naquele setor da experiência evolutiva, vinca o corpo espiritual com desequilíbrios ou distonias, que o predispõem à instalação de determinadas enfermidades, conforme o órgão atingido.
3. Quais os dois aspectos da Justiça?
A Justiça na Terra pune simplesmente a crueldade manisfesta, cujas consequências transitam nas áreas do interesse público, dilapidando a vida e induzindo à criminalidade; entretanto, esse é apenas o seu aspecto exterior, porque a Justiça é sempre manifestação constante da Lei Divina, nos processos da evolução e nas atividades da consciência.
4. Qual a relação existente entre doenças e a justiça?
No curso das  enfermidades, é imperioso venhamos a examinar a Justiça, funcionando com todo o seu poder regenerativo, para sanar os males que acalentamos.
5. O que faz o Espírito, antes de reencarnar-se visando à própria melhoria?
Antes da reencarnação, nós mesmos, em plenitude de responsabilidade, analisamos os pontos vulneráveis da própria alma, advogando em nosso próprio favor a concessão dos impedimentos físicos que, em tempo certo, nos imunizem, ante a possibilidade de reincidência nos erros em que estamos incursos.
6. Que pedem, para regenerar-se, os intelectuais que conspurcaram os tesouros da alma?
Artífices do pensamento, que malversamos os patrimônios do espírito, rogam empeços cerebrais, que se façam por algum tempo alavancas coercitivas, contra as nossas tendências ao desequilíbrio intelectual.
7. Que medidas de reabilitação rogam os artistas que corromperam a inteligências?
Artistas, que intoxicamos a sensibilidade alheia com os abusos da representação viciosa, imploramos moléstias ou mutilações, que nos incapacitam para a queda em novas culpas.
8. Que emendas solicitam os oradores e pessoas que influenciaram negativamente pela palavra?
Tarefeiros da palavra, que nos prevalecemos dela para caluniar ou para ferir, solicitamos as defici6encias dos aparelhos vocais e auditivos, que nos garantam a segregação providencial.
9. Que providência retificadoras pedem para si próprios aqueles que abraçaram graves compromissos do sexo?
Criaturas dotadas de harmonia orgânica, que arremessamos os valores do sexo no terrenos das paixões alvitantes, enlouquecendo corações e fomentando tragédias, suplicamos as doenças e as inibições genésicas que em nos humilhando, servem por válvulas de contenção dos nossos impulsos inferiores.
10. Todas as enfermidades conhecidas foram solicitas pelos Espírito do próprio enfermo, antes de renascer?
Nem sempre o Espírito requisita deliberadamente determinada enfermidade de vez que, em muitas circusntâncias quais aqueles que se verificam no suicídio ou na delinquência, caímos, de imediato, na desagregação ou na insanidade das próprias forças, lesando o corpo espiritual, o que nos constrange a renascer no berço físico, exibindo defeitos e moléstias congênitas, em aflitivos quadros expiatórios.
11. Quais são os casos mais comuns de doenças compulsórias, imposta pela Lei Divina?
Encontramos numerosos casos de doenças compulsórias, impostas pela Lei Divina, na maioria das criaturas que trazem as provações da idiotia ou da loucura, da cegueira ou da paralisia irreversíveis, ou ainda, nas crianças-problemas, cujos corpos, irremediavelmente frustados, durante todo o curso da reencarnação, mostram-se na condição de celas regenerativas, para a internação cupulsória daqueles que fizeram jus a semelhantes recursos drásticos da Lei. Justo acrescentar que todos esses companheiros, em transitórias, mas duras dificuldades, renascem na companhia daqueles mesmos amigos e familiares de outro tempo que, um dia, se cumpliciaram com eles na prática das ações reprováveis em que delinquiram.
12. A mente invigilante pode instalar doenças no organismo? E o que pode provocar doenças de causas espirituais na vida diária?
A mente é mais poderosa para instalar doenças e desarmonias do que todas as bactérias e vírus conhecidos. Necessário, poi, considerar igualmente, que desequilíbrio e  moléstias surgem também de imprudência e do desmazelo, da revolta e da preguiça. Pessoas que se embriagam a ponto de arruinar a saúde; que esquecem a higiene até se tornarem presas de parasitas destruidores; que se encolerizam pelas menores razões, destambelhando os próprios nervos; os que passam todas as horas em redes e leitos, poltronas e janelas, sem coragem de vencer a ociosidade e o desânimo pela movimentação do trabalho, prejudicando a função dos órgãos do corpo físico, em razão da própria imobilidade, são criaturas que geram doenças para si mesmas, nas atitudes de hoje mesmo, sem qualquer ligação com causas anteriores de existências passadas.
13. Qual advertência de Jesus para que nos previnamos dos males do corpo e da alma?
Assinalando as causas distantes e próximas das doenças de agora, destacamos o motivo por que os ensinamentos da Doutrina Espírita no fazem considerar, com mais senso de gravidade, a advertência do Mestre: "Orai e vigia, para não cairdes em tentação"

Emmanuel
Livro Leis de Amor - Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira

terça-feira, 9 de julho de 2013

A Questão da Dor

Esse elemento tão visível e presente em um planeta como a Terra, está bem no cap. 19 do livro Ação e Reação, de André Luiz, psicograf/ Francisco Cândico Xavier.
Segundo o Instrutor Druso, identificamos na experiência terrestre três tipos de dores: A dor-evolução, a dor-expiação e a dor auxílio.
Referindo-se diretamente ao caso dos animais, Druso afirma: "A dor é ingrediente dos mais importantes na economia da vida em expansão. O ferro sob o malho, a semente na cova, o animal em sacrifício, tanto quanto a criança chorando, irresponsável ou semiconsciente, para desenvolver os próprios órgãos, sofrem a dor-evolução, que atua de fora para dentro, aprimorando o ser, sem a qual não existiria progresso".
Perce-se que a dor-evolução, cujo objetivo notório é o aprimoramento do ser, nada tem que ver com atos do passado. É o que ocorre com os animais, não somente aqueles que vivem em nosso meio, como os cães, vítimas de tantas enfermidades e problemas, mas sobretudo com os que vivem em plena selva. Imaginemos o sofrimento de uma presa abatida por seu predador e estraçalhada antes mesmo de ocorrer sua morte corpórea!
A dor-expiação, que vem dentro para fora, marcando a criatura no caminho dos séculos, detendo-a em complicados labirintos de aflição, com o objetivo de regenerá-la perante a Justiça Divina, é coisa bem diferente. Existem acidentes inúmeros e enfermidades tão penosas que seria um absurdo debitá-los simplesmente à obra do acaso. No livro O Céu e o Inferno ou A Justiça Divina segundo o Espiritismo, Kardec apresenta-nos inúmeros casos e suas vinculações com as existência passadas.
Quanto à chamada dor-auxílio, a explicação dada por Druso revela como a Providência divina não se esquece de nada. Ei-la: "Em muitas ocasiões, no decurso da luta humana, nossa alma adquire compromissos vultuosos nesse ou naquele sentido. Habitualmente, logramos vantagens em  determinados setores da experiência, perdendo em outras. Às vezes, interessamo-nos vivamente pela sublimação do próximo, olvidando a melhoria de nós mesmos. É assim que, pela intercessão de amigos devotados à nossa felicidade e à nossa vitória, recebemos a bênção de prolongadas e dolorosas enfermidades no envoltório físico, seja para evitar-nos a queda no abismo da criminalidade, seja mais frequentemente, para o serviço preparatório da desencarnação, a fim de que não sejamos colhidos por surpresas arrasadoras, na transição da morte. O enfarte, a trombose, a hemiplegia, o câncer penosamente suportado, a senilidade prematura o outra calamidades da vida orgânica constituem, por vezes, dores-auxílio, para que a alma se recupere de certos enganos em que incorrido na existência do corpo denso, habilitando-se, através de longas reflexões e benéficas disciplinas, para o ingresso respeitável na Vida Espiritual".

Extraído da revista o Consolador
http://www.oconsolador.com.br/ano4/186/oespiritismoresponde.html

sábado, 6 de julho de 2013

Incorporação

A comunicação de espíritos desencarnados através da incorporação traz imensos benefícios aos mesmos. Esse contato com a matéria, para um Espírito nesse estado, é de extrema importância. O organismo físico
é um depósito inigualável de energia ectoplásmica. A constituição molecucar desse pacote energético é impossível de ser clonada em nosso plano. É o estágio semimaterial das forças mais sutis que gravitam entre o perispírito e o corpo físico. Ela é gerada e sofre mutações importantes no duplo etérico do médium, em atendimento às necessidades mais prementes dos desencarnados.
Quando o médium se desloca do corpo, há uma natural expansão do duplo, também conhecida por cascão astral e por automatismo, esse pacote de forças é atraído para a constituição perispirítica da entidade comunicante que se lhe adere. É como se fosse a roupa do médium em outra pessoa. O duplo passa temporariamente a se acoplar ao espírito comunicante como um cobertor acolhedor.
Evidentemente, em razão da descompensação de forças mentais nas quais se encontra Matias, esse aporte do duplo etérico da médium vai servir como um legítimo balão de oxigênio, suprindo o que lhe falta até o limite em que não prejudique o equilíbrio da médium. Os sinais mais característicos do momento da separação são sentidos pelo próprio aparelho orgânico do médium, por um desconforto registrado em forma de irritação ou fraqueza. Nesse momento, quando o médium tem suas faculdades sob controle, ele mesmo, mentalmente, faz a reconstituição dos corpos sem perder o contato com a entidade que, se necessário, ainda poderá manifestar seus pensamentos. Esse fenômeno que envolve o duplo etérico é
chamado incorporação. São cedidas, portanto, as chamadas energias vitais da vida material. O comunicante, ao se retirar, fica com todo o seu corpo espiritual envolvido por uma espécie de pomada branca, ora em estado gasoso, ora gelatinoso. Os assistentes que orientam o trabalho utilizam-se dessa condição para as mais ricas medidas em favor do desencarnado. Volto a frisar, esse fenômeno é mais conhecido como incorporação.
livro Os Dragões de Maria Modesto Cravo, psicograf/ Wanderley Oliveira

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Entrevista realizada com o médium Wanderley Oliveira, sobre o livro Os dragões

Qual é o tema central da obra? O livro, publicado pela Editora Dufaux, é um romance cujo tema central é a história de Matias, uma alma atormentada que serviu    durante séculos à comunidade dos dragões.
A autora espiritual tece um enredo leve e comovente no qual Matias, após o arrependimento reencarna como médium sob orientação do espiritismo.
A cronologia do romance revela fatos ocorridos no movimento espírita brasileiro entre os anos de 1936 a 1964, período em que ocorreu o clímax de uma ação organizada pelos benfeitores no mundo espiritual para reencarnar milhões de corações que foram libertados de um dos mais tristes locais de maldade na erraticidade: o Vale do Poder.
O tema central do livro nos levará a perceber que,  a maioria dos seguidores da mensagem do Evangelho, nos mais diversos segmentos cristãos, guardam algum tipo de laço com os dragões.
Quem são os dragões? É a mais antiga comunidade da maldade que se organizou socialmente nas regiões chamadas subcrostais ou submundo astral. Segundo o romance, ela existe ha 10 mil anos.
Essa comunidade, administrada por inteligências do mal, criou a Cidade do Poder e sua hierarquia é composta pelos "dragões" legionários, justiceiros e conselheiros. São espíritos que fazem o mal intencionalmente.
Os dragões podem reencarnar? Muitos desses espíritos não conseguirão mais reencarnar na Terra devido à condição mental desequilibrada. Não haveria como manter uma gestação em tal nível de vibração. Serão deportados para outros mundos onde reiniciarão o seu progresso. Contudo, muitos deles, quando tomados pelo arrependimento, reencarnam aqui no planeta e se melhoram.
No livro é abordado um modelo de psicologia usado pelas trevas. Que modelo é este?
Os dragões já utilizam um modelo de psicologia há mais de 300 anos para dominar e explorar. Esse modelo pode ser compreendido da seguinte forma: imagene três círculos, um dentro do outro. No primeiro círculo de dentro escreva baixa auto-estima. No círculo a seguir está a idealização. E no último círculo estão o melindre, o perfeccionismo e a intolerância.
Os dragões sabem que a doença psicológica básica em um planeta como a Terra é a escassez de estima pessoal, como um resultado de milênios no egoísmo. Quem tem baixa autoestima, idealiza a vida, as relaçõe, as metas. vive uma vida muito imaginária e distante do que é real. E quem idealiza em excesso torna-se muito melindroso, perfeccionista e intolerante.
Claro que, colocando de forma tão sintética, talvez surjam muitas dúvidas, mas o livro tece muitas abordagens sobre o assunto.
Costumo dizer que os Dragões é um romance de autoconhecimento, porque, na verdade, a autora espiritual faz estudos muits profundos e fáceis de entender sobre o psiquismo humano.
Então, a baixa autoestima é o núcleo deste modelo?
Sim. Sob o enfoque espiritual, essa doença não é apenas o resultado de traumas e limitações sofridas na infância. Além disso, Maria Modesto Cravo explica, no livro, que esse estado psicológico caracteriza a maioria esmagadora dos habitantes terrenos, em maior ou menor escala, conforme os compromissos assumidos por cada criatura em sua consciência.
Qual o ponto de maior fragilidade nos centros espíritas que é explorado pelos dragões?
A convivência.
Os dragões sabem muito bem que não lidamos bem com nosso mundo interior e, consequentemente, projetamos isso nos relacionamento;
As condutas mais exploradas para gerar conflitos na convivência são: maledicência, culpa, mágoa, rigidez, preconceito, irritação, julgamento, entre outras.
Quais os laços entre a comunidade espírita e os dragões?
A obra nos informa que muitos dragões reencarnaram nas religiões cristãs. e deixa claro que inúmeros regressaram ao solo brasileiro, inclusive, no seio do movimento espírita. Reencarnaram arrependidos e ansiosos pelo recomeço. Retornaram e foram iluminados pelo conhecimento espírita para sua remição consciencial.
Depois deste retorno de multidões ao movimento espírita brasileiro, a comunidade dos dragões passou a uma perseguição implacável aos espíritas, no intúito de inviabilizar as noções sobre como o mal organizado pretende dominar as sociedades e impedir o esclarecimento espiritual dos povos.
Fique à vontade para nos dar uma mensagem final sobre o livro Os Dragões.

Gostaria de reproduzir uma pergunta que fiz à autora espiritiual, Maria Modesto Cravo, e a sua resposta repleta de sabedoria.
"Vemos muitas pessoas que não conseguem ler livros cujo conteúdo versa sobre as trevas. Nesse sentido, a senhora teria algo a dizer sobre Os Dragões, o trabalho que terminamos há pouco tempo?"
"Nossa reflexão nesta obra é apenas uma pequena fresta para que o homem, iluminado com o conhecimento espírita, perceba a natureza de nossos desafios e compromissos com as esferas subcrostais.
Falamos menos das trevas de fora de daquelas que trazemos por dentro;
Para que deseja implantar a luz e o bem, é, no mínimo, uma obrigação conhcer nossos laços com as comunidades dos dragões".


Extraído: Revista Cristã de Espiritismo e Caminho Espiritual

http://www.rcespiritismo.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=271:os-dragoes-legioes-das-trevas&catid=34:artigos&Itemid=54

Ovoidização

Ovoidização, é a perda da forma perispiritual por completo.

Os Dragões de Maria Modesto Cravo, psicogrf/ Wanderley Oliveira

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Doenças Morais consequência por ter servido aos comando dos Dragão

Quem são os dragões?É a mais antiga comunidade da maldade que se organizou socialmente nas regiões chamadas subcrostais ou submundo astral. Segundo o romance, ela existe há 10 mil anos.Essa comunidade, administrada por inteligências do mal, criou a Cidade do Poder e sua hierarquia é composta pelos “dragões” legionários, justiceiros e conselheiros. São espíritos que fazem o mal intencionalmente.

Arrogância! Orgulho! Egoísmo! As velhas doenças morais de todos nós.
 Fechado em si mesmo pelo egocentrismo milenar, pensando acima de tudo e antes de tudo em si próprio, o espírito termina por instalar na intimidade um profundo desamor a si mesmo. Isso porque a Lei Divina
inderrogável é o amor, a forma mais correta de pensar e agir em nosso próprio favor.
O egoísmo é prisão.
O amor é libertação.
Oegoísmo é circuito energético endógeno.
O amor é força centrífuga de expansão.
 Esse fechamento vibratório cria correntes pesadas de energia capazes de prender o ser em padecimentos íntimos dolorosos.
O espírito interessado em alguma mudança demonstra cansado de si mesmo. Esse cansaço da
alma é o estopim de retorno do Filho Pródigo. Quando ocorre, queremos algo novo. Desejamos sinceramente novos caminhos.
Quando queremos mudar verdadeiramente, no princípio, nem nós próprios sabemos o que ocorre. Há uma fase mais ou menos longa de tristeza dilacerante e confusão nas intenções. Não queremos mais ser quem éramos, contudo, não sabemos quem queremos ser ou como vamos ser quem queremos. O espírito fica em um estado de arrependimento vazio. Aquele em que nada se faz para ir adiante e refazer os caminhos.
Puro remorso. Por isso, um preparo sólido antes do retorno ao corpo será necessário. Uma missão aguarda o espírito. O trabalho de reparação será sua fonte de saúde.
artigo 16°, do capítulo 7, de O Céu e o Inferno.
 "O arrependimento, conquanto seja o primeiro passo para a regeneração, não basta por si só; são precisas a expiação e a reparação."
"Arrependimento, expiação e reparação constituem, portanto, as três condições necessárias para apagar os traços de uma falta e suas consequências. O arrependimento suaviza os travos da expiação, abrindo pela esperança o caminho da reabilitação; só a reparação, contudo, pode anular o efeito destruindo-lhe a causa. Do contrário, o perdão seria uma graça, não uma anulação. A expiação é a reunião das dores psicológicas inerentes ao crescimento moral e a reparação é otrabalho de reerguimento consciencial por intermédio da benevolência aplicada em favor do próximo."
Nesse passo, torna-se indispensável a reencarnação. Um novo corpo. Uma nova identidade. A chance de ter atenuada a ação expiatória das lembranças dolorosas que lhe assaltam a memória.
Reencarnar é aliviar, livrar-se do ônus contínuo da recordação aprisionante.
Mas ele não esquecerá tudo. Ainda terá algumas lembranças.Suas lembranças no corpo serão em forma de sentimentos que vai experimentar. É o que o que o livro O Céu e o Inferno chama de expiação. Cada recordação que se fixa na tela mental, tem no seu bojo um quantum energético de afetividade.
Que sentimentos ele vai vivenciar?
— O aspecto emocional fundamental dos espíritos que se assumem psicologicamente como dragões é o sentimento de inferioridade, abandono e falibilidade, que são o piso para os estados emocionais de indignidade e fragilidade. Aqueles que conseguem camuflar tais expressões do afeto pela força mental mantêm-se na condição de tiranos da instabilidade alheia. Ninguém consegue, todavia, destruir tais condições íntimas inerentes ao ser espiritual. Um dia esse quantum afetivo exterioriza-se, espraia-se e cria um colapso na vida mental.
Vai experimentar seus medos, estado crônico de culpa e baixa autoestima, reflexos inevitáveis dos milênios na arrogância.
Sua dor interior mais cruel será a necessidade de aprovação alheia. Os dragões são submetidos a hipnoses que lhes subtraem o poder da vontade. Ele terá enormes obstáculos para reconhecer suas verdadeiras intenções e desejos, permitindo-se ser guiado, até certa fase da vida, conquanto tenha vasta sede de conquistas novas e objetivos pessoais. Uma neurótica necessidade de aprovação social o perseguirá até que tenha a coragem de assumir a gerência do próprio mundo íntimo. Por incapacidade de gerir sua vida interior,
estará sempre em busca de apoio e orientação. Isso lhe custará certamente muitas decepções e desastres na vida interpessoal, devido a exacerbadas expectativas que irá criar em relação ao mundo que o cerca. Pais, amigos, tutores e quaisquer relacionamentos serão carregados de conflitos em razão da sua indefinição pessoal. A isso denominamos expiação interior, algo inevitável e intransferível.
Além disso, o espírito travará uma dor profunda no reconhecimento de sua fragilidade. Isso lhe trará uma sensação de abandono e solidão, com efeitos no estado de humor que, quase sempre, será um traço de tristeza e irritação, ingredientes da insatisfação crônica.
Espíritos que assim reencarnam guardam forte tendência a negar o próprio corpo e os cuidados com a vida material, decorrente de uma rejeição inconsciente às suas reencarnações. Toma-lhes uma apatia
em relação a quaisquer ideais de melhora. Essa tendência costuma manifestar-se em forma de conflitos perturbadores com assuntos da vida na matéria, como dinheiro, estética física, diversão social,
sexualidade e administração das posses pessoais. Além disso, muitos condicionamentos religiosos de clausura e puritanismo com relação à vida social vão assolar seu caminho desde a juventude até a madureza.

Os Dragões de Maria Modesto Cravo psicograf/ Wanderley Oliveira


quarta-feira, 3 de julho de 2013

Deportação

Quais são os critérios para se continuar na Terra?
Somente as almas decididas a explorar seus potenciais divinos latentes encontrarão condições mentais possíveis à continuidade nos destinos superiores do planeta Terra rumo à regeneração.
Semelhante conquista só será atingida com a seguinte receita moral:
Relação harmoniosa com a consciência, equilíbrio nos interesses pessoais, caridade nas relações e disposição de servir. 
Superar ilusões, ser solidário, conviver fraternalmente e desenvolver atitudes de amor, respectivamente.
O mecanismo evolutivo do estágio terreno foi pautado até agora pelo foco na terapia da dor. O maior obstáculo espiritual, o egoísmo, somente é tratado com medicações dolorosas. Toda história de ódio
e perversidade iniciou-se com a perda de algum interesse pessoal.
São as perdas necessárias que operam na alma a remição consciencial. Entretanto, quase sempre a
nossa reação diante do testemunho da insatisfação foi de agressividade e revolta.
Chega o instante de um percurso diverso pelas sendas do trabalho e do aprendizado efetivo nos roteiros do sentimento educado.
Somente abandonando as expressões mínimas do mal em nós mesmos nos candidatamos a permanecer no planeta.

Os Dragões de Maria Modesto Cravo, psicogrf/ wanderley Oliveira

terça-feira, 2 de julho de 2013

Vaidade

A vaidade, como filha predileta do orgulho, incensa o poder que abre espaços no sentimento humano para as extravagâncias da rigidez e da destruição do afeto por meio da exclusão silenciosa e envernizada. O preconceito, a inveja e a vaidade, condutas que constituem as expressões mais evidentes dos sutis sentimentos de orgulho que, segundo a análise lúcida de Allan Kardec, em O Livro dos Médiuns, item 228, é a imperfeição que menos confessamos a nós mesmos.

Os Dragões de Maria Modesto Cravo psicograf/ Wanderley Oliveira

Inveja

A inveja alimenta o sutil espírito de disputa que insufla o desprezo, a intriga e a animosidade. O preconceito, a inveja e a vaidade, condutas que constituem as expressões mais evidentes dos sutis sentimentos de orgulho que, segundo a análise lúcida de Allan Kardec, em O Livro dos Médiuns, item 228, é a imperfeição que menos confessamos a nós mesmos.

Os Dragões - Maria Modesto Cravo - psicograf/ Wanderley Oliveira

Preconceito

O preconceito patrocina a intolerância, a ausência de alteridade, a incapacidade de prezar a diversidade humana. O preconceito, a inveja e a vaidade, condutas que constituem as expressões mais evidentes dos sutis sentimentos de orgulho que, segundo a análise lúcida de Allan Kardec, em O Livro dos Médiuns, item 228, é a imperfeição que menos confessamos a nós mesmos.

Livro Os Dragões de Maria Modesto Cravo psicograf/ Wanderley Oliveira

Egoísmo


O egoísmo é uma semente divina colocada no homem para o bem. Na escala evolutiva é um legítimo princípio de ascensão que assegura a funcionalidade do instinto de conservação. O excesso, ou seja, a paixão exclusiva por si mesmo, é a arrogância, uma forma híbrida e adoecida do ego.
Doença milenar, o egoísmo é de difícil diagnose, sendo uma de suas propriedades a hipnose que cria para investigá-lo na intimidade de cada um de nós. 
É o egoísmo, o maior obstáculo espiritual no mecanismo evolutivo do estágio terreno.


Livro Os Dragões de Maria Modesto Cravo psicograf/Wanderley Oliveira

Arrogância

A arrogância é a manifestação mais evidente do egocentrismo humano. Arrogância à luz dos princípios espirituais pode ser definida como manifestação sombria do ego humano, a parte inferior do egoísmo.
O Livro dos Espíritos deixa isso claro na questão 907. O excesso, ou seja, a paixão exclusiva por si mesmo, é a arrogância, uma forma híbrida e adoecida do ego.

Extraído do livro Os Dragões de Maria Modesto Carvo psicograf/ Wanderley Oliveira

A história da migração das almas... na Terra

A história da migração das almas que planejaram o mal na Terra acontece há aproximadamente 40.000 anos. Quatro troncos principais definiram caracteres raciais, quais sejam: os egípcios, os indo-europeus, os hebreus e os indianos.
Para compreender o ponto essencial desse segundo período das ideias espíritas no mundo, temos de recorrer aos caracteres morais do tronco judaicocristão - a classe mais orgulhosa dentre as quatro
ramificações. Extremamente aferrados ao costume de serem os mais preparados para entender a vontade divina. A propósito, eram os únicos monoteístas entre os grupos exilados. Com essa natureza
moral acentuadamente rigorista em assuntos da divindade, tornaram-se uma classe exclusivista. A índole rebelde e hermética patrocina até hoje a crença judaica, aguardando um Senhor que os
colocará no lugar que julgam merecer diante da humanidade terrena. Renascidos em outros segmentos que aceitam Jesus como Mestre, partiram para o outro extremo da escala do orgulho humano de suporem ser os donos da verdade absoluta.
Por sua vez, a família indo-europeia, era o grupo dos capelinos mais revoltados com o exílio. Odeiam a figura de Jesus. Acusam o Mestre de não lhes cumprir a promessa de amparo em um local de recomeço onde pudessem reinar com seu conhecimento. É a classe que mais domínio mental possui dentre os exilados. Por essa razão, recobraram com mais rapidez e fidelidade os detalhes da migração
e como ela aconteceu. Foi desse ramo que surgiram os dragões.
Uma das mais antigas propostas dos dragões, que são egressos principalmente do tronco indo-europeu entre os exilados de Capela, é exatamente a escravidão das almas mais crentes em Jesus, isto é, o
tronco judaico-cristão ou a casa de Israel.
Em conluio com espíritos do tronco egípcio e indiano dos capelinos, patrocinaram desatinos contra os amantes do Cristo. O objetivo é exatamente humilhar os seguidores de Jesus ou todos aqueles que
Nele depositam a esperança do Messias Salvador. Iniciativas que fazem parte de um conjunto de técnicas revanchistas à proliferação da mensagem do amor no mundo. Fique claro que, mesmo antes da
vinda do Mestre, tais disputas já existiam na erraticidade, alastrando uma história que não começou nesta casa planetária.
Ao longo de todas as épocas, vamos assistir a inúmeros episódios históricos que são repetições desse cenário moral entre grupos de almas rivais no campo religioso e político. Em todos eles a tônica é a
justiça fria e aplicada com rigor.
A escravidão no Egito, narrada pela história obedeceu a iniciativas desse quilate. No Império Romano as algemas foram novamente colocadas no povo judeu. A Idade Média, foi um longo período de escravidão dessas almas no mundo espiritual no intuito de fazerem uma raça dominada.
A prisão de Lúcifer, como era conhecida, foi resultado de mil anos da história humana em plena idade das trevas.
Os dragões, logo após a queda do Império Romano, fundaram a mais ampla penitenciária de todos os tempos sob a crosta do Velho Mundo chamada Vale do Poder, um local de escravização sem
precedentes na história da Terra, uma sombra tenebrosa da Cidade do Poder. Tudo isso como atitude de revanche em razão da detenção de um séquito de legionários soberanos vinculados ao
poder romano. Uma classe de luciferianos - como também eram conhecidos os dragões legionários - foi detida pelas forças protetoras do orbe, que impediram os seus planos nefandos de domínio da Terra. Isso causou ira aos milhões de seguidores que, receosos de regressar ao corpo, e sob comando da falange draconiana, resolveram digladiar com o Cristo, humilhando seus seguidores e sua mensagem no mundo. Basta lançar um olhar para a idade medieval e teremos uma noção do que aconteceu nesse sentido.
No iniciar da Idade Média, cumpriu-se o que está no Apocalipse capítulo 20, versículos 1 a 3, 7 e 8 que narra:
"E vi descer do céu um anjo, que tinha a chave do abismo e uma grande cadeia na sua mão. Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o diabo e satanás, e amarrou-o por mil anos. E lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre ele, para que mais não engane as nações, até que os mil anos se acabem. E depois importa que seja solto por um pouco de tempo." (...) "
 E acabando os mil anos, satanás será solto da sua prisão, e sairá a enganar as nações que estão sobre os quatro cantos da terra (...)"
Foram realmente mil anos de idade de trevas. Pavor e atrocidades. Até que no século XV, graças à nova intervenção de Jesus no roteiro de aperfeiçoamento do planeta, a historia humana iniciou um trajeto de glorias sem precedentes. As falanges da dominação, surpreendidas com medidas de renovação cultural, política e religiosa, tiveram uma demanda extraordinariamente absorvente, o que trouxe em consequência um afrouxamento na vigília secular sobre o Vale do Poder. Com o tempo, o "novo império", como era
chamado tal região de prisões, em alusão ao Império Romano desfalecido, foi se rompendo e as reencarnações progressivamente sendo viabilizadas. Tudo isso trouxe um inusitado processo ao
ecossistema psíquico do mundo entre as duas humanidades, carnal e espiritual.
Como narra o Apocalipse: "E acabando os mil anos, satanás será solto da
sua prisão, e sairá a enganar as nações que estão sobre os quatro cantos da
terra (...)"
A equipe de luciferianos aprisionada foi libertada igualmente. Claro que já não tinham as mesmas possibilidades de poder e respeito. Precisavam acompanhar o que seria o futuro do orbe. Sentir que a promessa se cumpria. Mas, como diz o texto bíblico, isso ocorreria por pouco tempo. Iniciou-se um novo
degredo e muitos desses foram os primeiros a ser novamente recambiados a outros orbes.
Como resquício de toda essa história, milhões de almas amantes do Cristo ainda permaneceram nas celas infectas do Vale do Poder no psiquismo do Velho Mundo. Influentes e com grande cabedal intelectivo acerca da mensagem do Evangelho, estiveram à frente dos movimentos religiosos mais expressivos desse tempo, conquanto saibamos os desatinos por eles cometidos em nome de Jesus. Eram os adeptos preferenciais dos dragões para ser aprisionados. No regime de cativeiro, em razão de suas culpas e
deslizes, esses corações eram líderes natos no grupo da casa de Israel. Foram vigiados com segurança máxima. A libertação dessa massa de interesses em torno da mensagem cristã tornou-se estritamente necessária em face dos novos compromissos do Consolador.
Em todos os tempos da humanidade, os missionários escalados por Cristo sempre contaram com grupos que, de alguma forma, encontravam em suas grandiosas missões a razão de viver, isto é, com suas tarefas eram os pioneiros de novos tempos para quantos ansiavam destinos novos. O Consolador prometido não poderia serapenas uma pérola cultivada por expoentes do exemplo e da grandeza espiritual. Se o Senhor veio exatamente para os doentes, em tais corações culpados e sedentos do Cristo a mensagem cristã
iluminada pela clareza dos fundamentos espíritas, encontraria ressonância e motivação para novos dias em direção à paz consciencial. Além do mais, espíritos com esse nível de conhecimento não aceitariam uma doutrina que não lhes correspondesse à lógica e à bagagem intelectiva.
O movimento de libertação desses bolsões de almas afeiçoadas ao Evangelho e carentes de redenção consciencial foi denominado como transporte da árvore evangélica. Regressam ao seio da comunidade espírita brasileira. O mesmo tronco espiritual. Vários galhos conforme experiências grupais. Folhas diversas devido à natureza individual. Sob a tutela dos missionários do exemplo moral, como Bezerra de Menezes, estão construindo a maior comunidade inspirada nas ideias universalistas do Espiritismo em terras brasileiras. Para doentes graves, o remédio eficaz.
A missão espiritual inicialmente conferida à Palestina foi transferida para o solo virgem do Brasil. Mais uma das medidas tomadas pelo Condutor do planeta. O mensageiro do Cristo, Helil, um dos expoentes
espirituais das questões sociais da Terra, foi incumbido por Jesus de preparar esse transporte de esperança. No século XV, foram tomadas as primeiras medidas. A descoberta, a organização política, a miscigenação étnica e, posteriormente, no virar do século XIX, as sementes da nova doutrina em terras brasileiras.
Helil é um dos arquitetos de todo o planejamento dessa transmigração de Capela. Foi o espírito que sempre representou Jesus perante o espírito aflito e angustiado dos exilados. Espírito de larga envergadura moral, já reencarnou algumas vezes na Terra.
Muito afeiçoado ao povo ariano desde o exílio. Cada raça teve um representante de larga envergadura espiritual que lhes tutela os caminhos. João Evangelista, o discípulo amado do Cristo, é o guia
da Casa de Israel.
As reuniões mediúnicas serviram de plantéis abençoados de socorro a esses corações endurecidos pelo orgulho. Os serviços socorristas que implementamos desde o iniciar deste século com os precursores

da doutrina no Brasil são medicações indispensáveis.
Portanto, os últimos quinhentos anos foram tempos decisivos na história espiritual do planeta, objetivando a inauguração das sendas da regeneração. O poderio dos dragões e o exclusivismo dos espíritos amantes do Cristo pertencentes ao grupo da Casa de Israel estavam com o tempo marcado.
Se a Idade Média constituiu uma infecção generalizada no organismo social, foi no século XV que tivemos o alvorecer da profilaxia para tanta degeneração. Os píncaros da loucura na política francesa na Casa de Valois, mediante a malfadada Noite de São Bartolomeu (o massacre da noite de São Bartolomeu ou a noite de São Bartolomeu, foi um episódio sangrento na repressão aos protestantes na França pelos reis franceses, que eram católicos - 23 e 24 de agosto de 1572 en París )
  foi o estopim espiritual de medidas reclamadas pela sociedade no silêncio da amargura e da insatisfação perante a tirania e a maldade calculadas.
Renasceram missionários do progresso em todas as estâncias no intuito de conduzir as aspirações humanas em direção ao ideal da liberdade, fraternidade e igualdade entre povos.
O mesmo grupo, portanto, que desde a Palestina aguardava o Messias em carruagens de fogo, regressa agora mais intensamente comprometido espiritualmente nos ambientes da doutrina. Cansados de si mesmos e oprimidos pelos danos às suas própriasconsciências.
Os integrantes da Casa de Israel formam a vaidosa aristocracia espiritual, enquanto os arianos manifestam o arrogante orgulho de raça. A altivez de um lado e a violência de outro, nesses dois grupos, respondem pelos mais sanguinários episódios da história humana. Desde Roma até os focos atuais, que logo serão conhecidos na Alemanha, passando pelos desatinos das Cruzadas, ora na política interesseira, ora na religião de fachada, especialmente no ocidente, são todas etnias refratárias em aceitar o amor como
caminho de redenção.

Extraído do livro Os Dragões pelo espírito de Maria Modesto Cravo, psicograf/ Wanderley Oliveira.

 Nota da editora - consulte o livro Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho, do autor espiritual Irmão X, psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Três período de desenvolvimento do Espiritismo.

O Espiritismo, assim como toda realização pelo progresso coletivo na humanidade, foi alvo de um planejamento muito bem estruturado, visando a objetivos nobres. Supor que as ideias espíritas, tão universais quanto são, ficassem circunscritas a uma comunidade seria fadá-las ao insucesso. Nesse projeto, os Tutores da Vida Maior conceberam três períodos para desenvolvimento e absorção e amadurecimento das verdades espíritas no mundo. A primeira etapa, desde o surgimento das obras kardequianas é o tempo da formação de referências que estabelecerão a identidade filosófica e psicológica da Doutrina Espírita. Na segunda etapa,momento que desponta na década de trinta,  o tempo da
consolidação da doutrina nas fileiras sociais do mundo como um caminho de paz e libertação. Para isso, sua difusão por meio do livro mediúnico será a consagração dos princípios espíritas. Teremos, ainda,coincidindo com a virada do milênio, o terceiro período de setenta anos, cuja proposta é a maioridade das ideias
espíritas. Nesse tempo já estarão reencarnando os espíritas de segunda vez, com um senso moral mais desenvolvido, tornando-se referências morais sólidas no campo da atitude e da ação genuinamente cristã. Serão os arejadores dos princípios espíritas que penetrarão todas as áreas do conhecimento humano, deixando claro que o avanço do materialismo colide com a proposta de melhoria da humanidade, e criarão pontes saudáveis e indispensáveis entre a cultura espírita e a diversidade da cultura do mundo. Em tal tempo ficará claro que o Espiritismo, enquanto um corpo de ideias, não é a religião do futuro, mas o futuro das
religiões.

Fonte: Livro os Dragões - espírito de Maria Modesto Cravo - psicogr/ Wanderley Oliveira

Casta dos Justiceiros

Quem são os dragões?É a mais antiga comunidade da maldade que se organizou socialmente nas regiões chamadas subcrostais ou submundo astral. Segundo o romance, ela existe há 10 mil anos.Essa comunidade, administrada por inteligências do mal, criou a Cidade do Poder e sua hierarquia é composta pelos “dragões” legionários, justiceiros e conselheiros. São espíritos que fazem o mal intencionalmente.

Tudo começou, como com Lúcifer e uma multidão de insatisfeitos degredados de outros orbes. Eles
contribuíram com o progresso da Terra e se achavam injustiçados com os resultados espirituais de suas atitudes, queriam privilégios.
A Casta dos Justiceiros, pouco a pouco, aperfeiçoou-se e surgiram os dragões legionários, os dragões justiceiros e os dragões conselheiros, ordem que se mantém até hoje.
Nessa hierarquia, os dragões legionários são os generais. Alguns deles não reencarnam há pelo menos 5.000 anos, cumprindo com os mais altos postos da ordem. Temos os dragões justiceiros ou ministros. E temos os dragões aspirantes, que são os conselheiros.
Cada ministro chefia mil conselheiros ou dragões aspirantes, graduando-se, assim, ao posto de legionário. Existem mil cargos desse nível, totalizando 1 milhão de dragões legionários - governantes da Cidade do Poder. Chama-se de dragão soberano ou legionário soberano quem chefia esse milhão de dragões. É, por assim dizer, o comandante da Cidade do Poder. Mais conhecido como Lúcifer, um título de reconhecimento e grandeza perante a casta em homenagem ao dragão-mor que deu origem à casta.
São extremamente rígidos nesse processo hierárquico. Se perderem um componente, logo o substituem. E as graduações - raras - ocorrem principalmente em razão das reencarnações em "missões especiais" na Terra ou por traições que redundam em castigos inenarráveis.
Como temos sete cidades principais desse porte, calcula-se um número em torno de 7 milhões de almas nos alicerces da maldade organizada dos dias atuais. São as sete maiores e mais antigas que patrocinam o mal na Terra. Não são as únicas existentes.
Nesse jogo do poder entre as sete facções, Lúcifer, como hábil manipulador, manteve as rédeas dos dragões legionários, que até hoje são seus escudeiros fiéis, ocupando cargos de destaque em cada
uma das cidades. Se ocorre vaga no cargo, logo promovem outro, e nunca ultrapassam essa marca. Cada local, conforme sua função, adota terminologias próprias. Por exempio, na cidade do prazer, os
justiceiros são chamados de servos de Baco ou dragões da luxúria.
Pelo menos 300 milhões de mentes estão envolvidas com esses sete sítios da loucura hierarquizada, divididos entre mandantes e comandados, espíritos conscientes e inconscientes de seu processo
espiritual. Cada qual conta com uma governadoria, conforme suas características específicas, dentro dos objetivos nefandos a que atendem. (Esse número, segundo dona Modesta, cresceu pelo menos dez vezes até a virada do milênio e continua ascendente.)
Egito Antigo, Cruzadas, Templários, Inquisição, Noite de São Bartolomeu formam alguns dos reflexos das trevas sob tutela dos dragões abismais, que cada dia mais buscam possuir as rédeas da Terra em suas mãos. Os justiceiros são os mesmos soldados de deus da Idade Média cujo objetivo era defender a mensagem do Cristo.
Todavia, a maldade é frágil e instável. As hordas que ergueram a polis do mal começaram a digladiar entre si. Podem ser disciplinados, mas não sabem ser éticos. A vinda do Cristo ao mundo foi a segunda grande derrota na concepção dos asseclas de Lúcifer. Fragilizados por não conseguirem impedir a vinda de Jesus, criaram cisões e se enfraqueceram.
O próprio Mestre enfrentou Lúcifer no deserto por quarenta dias e noites. Essa batalha de que os homens nem sequer imaginam as nuances mudou o destino de toda a humanidade.("E ali esteve no deserto quarenta dias, tentado por Satanás. E vivia entre as feras, e os anjos o serviam." - Marcos, 1:13)
Acordos e iniciativas foram feitos nessa oportunidade para postergar estratégias nefandas de assenhoreamento da mensagem do Cristo. Ainda assim, a política aprisionou a religião pura no catre
da ignorância espiritual e substituiu os valores da simplicidade pelo personalismo desenfreado. Surgiu uma igreja que em nada remete à mensagem de amor e libertação trazida por Jesus.
 As cisões em tais hostes da maldade renderam mais seis cidades que, de alguma forma, por razões de interesse, mantiveram alguns laços em comum para atingir o objetivo maior de hegemonia do orbe.
Assim, dentro da mesma plataforma de exploração da inferioridade moral dos homens, nos últimos 15.000 anos, surgiu, em sete linhas distintas, o poderio da maldade descentralizada na seguinte ordem cronológica:

O poder, cujo núcleo é o apego e a arrogância.
O prazer, envolvendo as ilusões da fisiologia carnal. 
A vaidade, explorando o individualismo. 
A violência, voltada para vampirizar pela agressividade e pelo ódio. 
A mentira, insuflando a hipocrisia nas intenções. 
A descrença, fragilizando a fé nos corações e criando a sensação de abandono e impotência. 
A doença, incendiando o corpo de dor. 
Juntas, formam a causa moral de todos os males do planeta em todos os tempos e latitudes.

Extraído do livro Os Dragões - Espírito  Maria Modesto Cravo - psicogr/ Wanderley Oliveira.

Cidade do Poder

Quem são os dragões?É a mais antiga comunidade da maldade que se organizou socialmente nas regiões chamadas subcrostais ou submundo astral. Segundo o romance, ela existe há 10 mil anos.Essa comunidade, administrada por inteligências do mal, criou a Cidade do Poder e sua hierarquia é composta pelos “dragões” legionários, justiceiros e conselheiros. São espíritos que fazem o mal intencionalmente.

A extensão desse ambiente chamado Cidade do Poder vai desde o solo sangrento da Palestina até os mais recônditos e sombrios vales da África, onde se situa um dos pontos mais antigos de exílio no planeta, o Egito. Após a história da crueldade em torno da mensagem do Cristo, nos últimos dois milênios os países europeus estenderam esse cinturão da maldade, que hoje tem seus apêndices por todo o orbe, conquanto seu ponto nuclear de irradiação continue sendo a massa psíquica sob o solo de Israel espraiando-se
por todo o Oriente Médio. O mar Mediterrâneo é o endereço de inúmeras bases dessa arquitetura engenhosa e bem planejada.
Calcula-se, atualmente, na Cidade do Poder a população de 45 a 50 milhões de habitantes. Um percentual de setenta por cento se encontra nos vales da miséria, sem capacidade de autogerência ou a caminho da hipnose total. O estudo dessa triste realidade, fruto da hediondez, nem de longe nos enseja mensurar seus reflexos sobre o psiquismo da Terra ao longo de milênios. Construções sórdidas que imitam as edificações e ideais de genialidade da Cidade do Poder espalham-se por todos os cantos, adquirindo contornos específicos conforme os interesses de cada região.
Foram sendo criados núcleos tão avançados na subcrosta que muitos adeptos dessas organizações preferiam não regressar ao corpo, acomodando-se às vantagens interesseiras desses locais.
Os dragões pensam que a Terra lhes pertence. Infelizmente, é o que eu mesmo pensava até há pouco tempo, quando fazia parte desse grupo de hipnotizados. Uma extrema prepotência estimulada por
processos de convivência com esses lugares e por induções infelizes pelas quais também passei. Até universidades foram criadas nessas plagas. Técnicas eficazes de domínio mental são exercidas como forma
de reter seus escravos.
Os Dragões - espírito Maria Modesto Cravo - psicogr/ Wanderley Oliveira

Não Somos Atacados Pelas Trevas, Viemos Dela.

Quem são os dragões? É a mais antiga comunidade da maldade que se organizou socialmente nas regiões chamadas subcrostais ou sobmundo astral. Segundo a autora Maria Modesto Cravo, ela existe há 10 mil anos.Essa comunidade, administrada por inteligência do mal, criou a Cidade do Poder e sua hierarquia é composta pelos "dragões"legionários, justiceiros e conselheiros. São espíritos que fazem o mal intencionamente.

Não existe responsabilidade unilateral no processo de influência mental entre os mundos físico e espiritual. Existe interação, compartilhamento de aspirações e desejos.
Não existe domínio sem aceitação, nem pressão sem sintonia. É totalmente injustificável a crença na força do mal sem escolha íntima e posicionamento mental propício, sendo declarada invigilância dos discípulos espíritas o destaque, que começa a assolar a sementeira, com visões pessimistas e chavões que servem
de ligação com as forças inferiores.
Muitos estereótipos são criados, tais como: obsessores, inimigos espirituais, adversários da causa, encosto indesejável, opositores desencarnados do sistema, falanges trevosas, forças contrárias,espíritos do mal. Até mesmo nós, aqui na erraticidade, temos nos valido de tais expressões por uma questão de comunicação com vocês no plano físico, embora não traduzam o mesmo sentido que toma conta de quantos regressam do corpo para cá. Os chamados espíritos do mal são familiares queridos cujo tempo interrompeu nossos laços de amor.
Somente com uma visão límpida de quem somos, livres das ilusões,verdadeiramente alicerçaremos condições íntimas no melhor proveito das oportunidades de crescimento na vida corporal ou fora dela. Essa visão, evidentemente, será o resultado da aplicação das diretrizes do Evangelho no reino sagrado do coração. Somente com sentimento educado ampliaremos as chances de realizar o mergulho consciente nas profundezas de nós mesmos. E esse mergulho solicita-nos a coragem de conhecer nossas raízes espirituais, que se acham mais entrelaçadas com os "gênios do mal" do que imaginamos.
Necessário esquadrinhar os matizes da vida no submundo astral, a fim de ficar claro que, consciente ou inconscientemente, por deliberação própria nas raias da maldade declarada ou por escravização, todos nós, de alguma forma, temos elos com as ações da maldade organizada, conquanto isso não signifique impotência
para escolher os caminhos na direção do bem e da luz. Os chamados vales da imundície e da maldade são extensões da família terrena, a parcela mais adoecida da humanidade. Em tese, representam o lado
mais frágil de todos nós.
Ansiando por tempos novos no orbe, prepare-mo-nos para o socorro a esses filhos da amargura. A melhora espiritual do planeta depende dessa tarefa ingente. Se o mundo espiritual influencia o mundo físico, de igual forma a sociedade terrena determina efeitos similares na psicosfera da crosta. O homem cativo no corpo de carne não guarda consciência da movimentação ativa da vida invisível que o cerca. Da mesma forma, esmagadora maioria dos desencarnados não é capaz de mensurar o quanto são dirigidos pelas forças
provenientes da Terra. Porque existem seres com grande capacidade mental fora da matéria escolhendo o caminho de bilhões de almas foi que Deus permitiu a presença dos médiuns na humanidade, a fim de espelharem com nitidez o dinamismo permanente que orienta o ecossistema universal, em todas as esferas de vida por meio da unidade e do progresso.
O mal é um efeito dessa interação interdimensional. Dimensão física e espiritual em perfeita sinergia. Jamais poderemos cogitar de soluções definitivas para os dramas capitais da sociedade terrena sem a incursão salvadora nas raízes espirituais que alimentam as mais sórdidas ideias e sustentam a malícia nos sentimentos.
Não existirá regeneração sem renovação do submundo astral no qual estão plantadas as raízes da maldade, que alonga seus frutos indigestos como uma hera sobre a face do orbe.
A humanidade é composta de um grupo de almas cuja etapa evolutiva é marcada pela recente desvinculação do mal e da ignorância, nos quais, deliberadamente, muitos ainda permanecem.
Com raríssimas exceções, encontramos corações que aprenderam a edificar o bem no limite do que podem. Egressos da brutalidade, apenas começamos a galgar etapas significativas com destino ao esplendor da regeneração. A cultura e o progresso social estabelecem horizontes vitoriosos para a implantação da saúde e do direito, da educação e da tecnologia que destinarão as sociedades a um amanhã mais feliz. Nesse conceito global é imperioso avaliar a posição do espírito-espírita sem a lente da ilusão.
Primitivismo, raciocínio, moralização e espiritualização são as estradas pelas quais peregrinam os habitantes terrenos. Recém saídos da barbárie, palmilhamos os primeiros passos em direção à civilidade.
Se o planeta há 3.500 anos atrás ainda não conhecia um cânone completo de justiça, como esperar a angelitude em tão curto tempo?
Desde a enxertia dos capelinos até o presente são passados aproximadamente 40.000 anos. Os capelinos, para aqueles ainda não afeiçoados ao tema, são os espíritos transportados de outro planeta na condição de degredados, falidos consciencialmente. Embora no atraso moral, vieram cooperar com o progresso da Terra, já que desenvolveram sobejamente a inteligência.
A noção de justiça no orbe, mesmo nos grupos mais educados, ainda se encontra corrompida pelo interesse pessoal. Incluem-se nesses grupos muitos servidores propensos ao bem, ainda escravos dos reflexos perniciosos do egoísmo sutil, por fugas inteligentes na direção de vantagens particulares. A coletividade doutrinária espírita não está fora desse contexto evolutivo. A hierarquia e o dogmatismo são alguns desses monstros mentais elegidos pelo homem em séculos de personalismo. Com a hierarquia busca
segurança e sensação de vitória. Com o dogmatismo ilude-se a si mesmo acerca daquilo que lhe convém acreditar e fazer a gosto de seus pontos de vista.
Compete-nos edificar uma visão mais profunda sobre a velha questão filosófica: de onde viemos? Por que renascemos? Para onde vamos? Somente tomando consciência da nossa origem perceberemos que as trevas ou adversários são expressões de nós mesmos, frutos de nós próprios. Queiramos ou não, viemos desses sítios de dor e buscamos a luz. As forças contrárias que nos perseguem são extensões de nossa família espiritual. E somente quem se escraviza na vertigem de superioridade pode-se imaginar tão distante da condição dessas almas feridas e carentes de amor e orientação.
Não somos atacados pelas trevas, viemos dela. Comungamos com ela.
Sendo assim, justo que sejamos procurados. Bom será mensurar, quanto antes, a abrangência dessa verdade na erradicação das miragens de grandeza. Do contrário, o inferno reclamará nossa permanência em regime de moradia e dor por longo tempo em suas paragens. Eis a razão de ampliarmos a visão sobre o tema negligência. Para almas comprometidas como os trabalhadores espíritas, quaisquer deslizes tomarão proporções indesejáveis na colheita obrigatória nos recessos da consciência."
"Embora a maldade já existisse nas almas transmigradas para o planeta em tempos imemoriais, vamos detectar a presença do mal na Terra como organização social a partir 10.000 anos atrás. Lúcifer,
o gênio do mal, um coração extremamente vinculado a Jesus, estabeleceu o litígio inicial representando milhões de almas insatisfeitas com as consequências do exílio em outro orbe.
Dominado pela soberba que os expulsou das oportunidades de crescimento em mundos distantes, tomou como bandeira a prepotência de empunhar armas contra o Condutor da Terra, a fim de disputar, em sua arrogância sem limites, por quem ela seria dominada e controlada. Eis o motivo de uma história política, moral e espiritual que se arrasta há milênios. Tal enredo parece simples, entretanto, por agora, é o que posso lhes dizer na aquisição de noções mais nítidas acerca dos desafios que vos esperam nas tarefas
junto à carne.
A estratégia para tal insanidade é manter a humanidade na ignorância espiritual. A inteligência ilimitada desse espírito, que carrega experiência ímpar sobre o destino de multidões, traçou um plano nefando de explorar as próprias fraquezas humanas para retê-la na inferioridade. O fundamento basilar desse plano consiste
em colocar o instinto como núcleo estratégico do atraso. Convencer o homem da Terra que não vale a pena mudar de reino, subir o degrau do instinto para a razão. O prazer e a vida, nessa concepção decadente e astuta, residem em se manter na retaguarda dos cinco sentidos com total expressão dos interesses pessoais.
Ações marcantes dessa organização da maldade no mundo podem ser verificadas aproximadamente 1.500 anos antes da vinda do Cristo por ocasião da implantação da noção da justiça divina no mundo, por meio do primeiro código ético enviado pela mediunidade do Mais Alto para a humanidade - os Dez Mandamentos.
A justiça é a leira fértil para que as sementes viçosas do amor frutifiquem em bênçãos infinitas. A maldade usou toda sua cota de energia para impedir a vinda de Moisés e a difusão dos Dez Mandamentos para os povos. Criaram, nesse tempo, a Casta dos Justiceiros dentro de uma concepção cruel de justiça feita com as próprias mãos, conseguindo alterar significativa parcela do bem que a Lei Divina poderia ter fermentado nas sociedades daquele tempo.
O símbolo inspirador dessas falanges, fartas de perversidade, é o dragão, um retrato animalizado da força e do poder que essas criaturas adoecidas trazem no imo de si mesmas. A figura lendária do dragão surgiu nas crenças mais primitivas que se tem notícia como uma insígnia de poder. Uma simbologia que lhes traduz o
estado íntimo e seus propósitos. Sentiam-se répteis pela condição do exílio, entretanto, criaram as asas do poder e o fogo da crueldade, expressos na figura do dragão, para manifestarem sua revolta e rebeldia ante a condição em que foram colocados em um planeta prisional. Eram répteis, mas podiam voar. Querem distinção em relação aos aborígines da Terra, considerados um atraso na evolução por parte deles. Eram fracassados, mas podiam destruir.
A despeito do clima de guerra, a justiça estimula uma relação ética entre os homens que passam a obedecer a leis e a educar seus sentimentos a partir de uma referência social criadora de limites.
Era o progresso lento, porém gradativo. Com o olho por olho, dente por dente nascia a ética do medo criando regras morais ao instinto de defesa humano.
A Lei do Pai, independentemente da loucura de Seus filhos, cumpre-se intimorata. E os litigantes que eram atraídos para atacar os focos de honestidade e equilíbrio nas ações humanas terminavam sucumbindo, muitos deles, ao talante da força do bem e renascendo no povo hebreu decantando a velha imagem bíblica do paraíso, uma expressão arquetípica da coletividade exilada de outro mundo.
O paraíso perdido passou de geração a geração. Muitos voltaram a seus mundos de origem, entre eles Capela. Aqueles que permaneceram formaram séquitos.
Dentre os espíritos exilados, o povo hebreu é o mais exclusivista e crente. Cultores da raça pura e do monoteísmo. Sempre tentaram não se misturar nas mutações étnicas. Não foi por outra razão que
Jesus escolheu a árvore de David para nascer. Foi assim estruturada a linhagem psíquica dos espíritos do Cristo - almas exiladas de seu mundo original, vinculadas ao coração de Jesus, e que formaram o
tronco judaico-cristão, com perfil moral de acendrado orgulho centrado na ideia do Deus único.
Os dragões justiceiros, como se denominam em suas hostes, fundaram, a esse tempo, a primeira das sete cidades da maldade na psicosfera terrena. Chamada de Cidade do Poder está situada no psiquismo do Velho Mundo, nas portas da psicosfera da Palestina, a antessala do Oriente Médio. Atualmente sua extensão territorial atinge todo o planeta. A parcela urbanizada dessa comunidade se encontra na crosta, sendo regida pelas mesmas leis que orientam a vida planetária em vigoroso regime de simbiose; e tem seus vales periféricos a se estender pelas mais abissais regiões da erraticidade, em plena conexão de objetivos e vibrações. O lugar mais conhecido e onde se praticam as mais infelizes formas de maldade chama-se
Vale do Poder, um cinturão psíquico que circula a subcrosta da Terra, onde vegeta uma semi-civilização que onera a economia vibratória do orbe.

Extraído do livro Os Dragões - espírito  Maria Modesto Cravo - psicogr/ Wanderley Oliveira