domingo, 9 de outubro de 2016

Espírto e matéria



Não há efeito sem causa: o nada poderia produzir coisa alguma. Estão aí verdades incontestáveis. Ora, como se verifica em cada um de nós a existência de forças, de potências que não podem ser consideradas com materiais, há necessidade, para explicar a sua causa, de remontar a outra origem além da matéria, a esse principio que designamos por alma ou Espírito.

Penetrando nos recessos mais íntimos do nosso ser encontramo-nos em face de princípios augustos, sem os quais não há grandezas para a Humanidade: o amor do bem, o sentimento da justiça e do progresso. Esses princípios, que se encontram em graus diversos, no ignorante do mesmo modo que no homem de gênio, não podem proceder da matéria, que está desprovida de tais atributos.

Devemos antes considerá-lo como reflexos duma alta e pura luz que brilha em cada um de nós, do mesmo modo que o Sol se reflete sobre as águas, estejam elas turvas ou límpidas.

Sentimos, amamos, possuímos a consciência, a vontade e a razão, e precederíamos duma causa que não possui essas qualidades em nenhum grau, duma causa que não sente, não ama, sem conhecer coisa alguma, que é cega e muda! Superiores à força que nos produz, seriamos mais perfeitos e melhores do que ela.

O homem participa de duas naturezas. Pelo seu corpo, pelos seus órgãos deriva-se da matéria; pelas suas faculdades intelectuais e morais, procede do Espírito.

extraído da aula de Filosofia Espírita -site Ifevale

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