segunda-feira, 11 de abril de 2016

Autismo – uma visão médico-espírita

 No final de 2015, um levantamento feito pelo centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), nos Estados Unidos, constatou que a incidência de autismo entre as crianças aumentou:

Agora 1 criança em 45 está dentro do transtorno do espectro autista (o que representa cerca de 2,25% no país americano). Entre 2011 e 2013, essa taxa era apenas de 1 a cada 80 e, em 2008, 1 a cada 100.


Dessa forma, estima-se que o Brasil, com seus 200 milhões de habitantes, possua cerca de 2 milhões de autistas. São mais de 300 mil ocorrências só no Estado de São Paulo.

Para saber um pouco mais sobre esta enfermidade, a Revista Semanal O Consolador entrevistou o Dr, José Fernando de Souza, que é médico neuropediatra, diretor médico do núcleo Integrado de Neurologia Infantil em Juazeiro do Norte, Ceará, e presidente da AME - Cariri.




Eis a entrevista:
O QUE CARACTERIZA O AUTISMO?
O autismo é definido por desenvolvimento anormal e/ou regressão da interação social e comunicação associadas a interesses e comportamentos repetitivos e estereotipados.

COMO OS PAIS OU CUIDADORES IDENTIFICAM OS PRIMEIROS SINAIS? A PARTIR DE QUANTOS MESES/ANOS?
Um dos principais marcadores biológicos nos transtornos globais do desenvolvimento infantil no espectro autista tem sido as janelas do desenvolvimento. Esses marcadores hoje representam os principais parâmetros que temos e que decorrem do seguinte:

A orientação social (capacidade de responder a um chamado) e a atenção compartilhada (capacidade de partilhar a atenção com alguma pessoa) são habilidades adquiridas no primeiro ano de vida; assim. atualmente têm sido procurados atrasos dessas áreas citadas, a chamada análise do fenótipo (observação do comportamento). Dos marcadores, isto é, dos indicadores que possam ser medidos, os endofenótipos, ou seja, as predisposições individuais a desenvolver os transtornos globais do desenvolvimento, são atualmente os mais acertados. Desse modo, a precocidade do diagnóstico poderá ser detectada em uma criança que não responde a um chamado com o seu olhar (orientação e atenção compartilhada) ou que não tenha desenvolvido a linguagem até 30 meses de idade.

EXISTEM PREDISPOSIÇÕES GENÉTICAS PARA O AUTISMO?
Existe um grupo de genes que têm sido considerados como envolvidos na gênese dos distúrbios sociais que compõem o transtorno do espectro autista, tais como as neuroliginas 3 e 4, as neurexias 1 e 3, o FMR1 e MECP2, no caso dos dois últimos, estudos envolvidos com a síndrome do cromossomo X frágil e a síndrome de Rett.

ESPIRITUALMENTE, HÁ EXPLICAÇÕES OU POSSIBILIDADES PARA ESSA ENFERMIDADE?
A maior explicação para o transtorno do desenvolvimento infantil do espectro autista é a lei da causa de efeito. Como nos diz o Espírito de Joanna de Ângelis em seu livro Plenitude "os sofrimentos humanos de natureza cármica podem apresentar-se sob dois aspectos que se completam: provação e expiação. Ambos objetivam educar e reeducar."

Espiritualmente, crianças são Espíritos em processo de educação e evolução, com demandas cármicas (lei de causa e efeito) a serem depuradas. Não são os que geram os Espíritos que voltam, apenas ajudam na composição genética da formação da matéria, na qual esse espírito habitará. O corpo procede do corpo, mas o espírito não procede do espírito, porque o espírito existia antes da formação do corpo que vai habitar.

HOJE VEMOS MAIS CASOS DE AUTISMO. POR QUE? O DIAGNÓSTICO VEM SE APRIMORANDO?
O fato de vermos mais casos sendo diagnosticados hoje em dia para transtornos do espectro autista se deve a uma maior notificação por aqueles que lidam com a enfermidade e à divulgação feita nas mídias pelas associações de mães e crianças autistas de todo o Brasil, que têm, de forma inequívoca, divulgado a história natural da enfermidade e como diagnosticá-la. Evidente que o conhecimento vem se aprimorando ao longo dos anos.

A SOCIEDADE ESTÁ MAIS PREPARADA PARA APOIAR NÃO APENAS A CRIANÇA, MAS TAMBÉM SUA FAMÍLIA?
A sociedade está muito melhor preparada a aceitar e acolher essas crianças, em vista da compreensão da enfermidade e para aqueles que aceitam o paradigma espírito-matéria.

EM SUA OPINIÃO, QUAL A MELHOR LIÇÃO A SE APRENDER COM O AUTISMO?
A melhor lição que aprendemos com o autismo infantil é estarmos diante de um ser que sofre porque feriu, e normalmente feriu muito, como nos informa os Espíritos superiores nas falas de Hermínio C, Miranda, Chico Xavier e Suely Caldas Schubert. "As expiações - dizem eles - visam restaurar o equilíbrio perdido, ao tempo em que reconduzem o infrator à posição espiritual em que se encontrava antes da queda desastrosa."

Há que se considerar a proposta das casas espíritas para o atendimento das crianças autistas, focando dois pontos igualmente importantes:
1. Atendimento espiritual permanente às famílias e ao paciente na casa espírita e no seu lar de origem.
2. Não se afastar dos atendimentos médicos e reabilitadores proporcionados pelas diversas técnicas conhecidas.

Enrevista de Giovana Campos
Fonte http://www.oconsolador.com.br/ano10/460/especial.html


                          
        
 
 

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