domingo, 14 de fevereiro de 2016

CURSO DE FILOSOFIA ESPÍRITA LIVRO 1 CAP 13

(utilize o site ifevale.org.br) 
ABELARDO - AVERROIS - ESCOLÁSTICA PRÉ-TOMISTA – A QUESTÃO DOS UNIVERSAIS

BIBLIOGRAFIA
OS FILÓSOFOS – Herculano Pires – Edit FEESP 
HISTÓRIA DA FILOSOFIA – Padovani / Castanhola – Edit Melhoramentos            FUNDAMENTOS DA FILOSOFIA – Gilberto Cotrim – Edit Saraiva SITES  www.espirito.org.br/portal/artigos/diversos/filosofia/convite-a-filosofia.html  www.mundodosfilósofos.com.br/pencristao.htm

 FILME  EM NOME DE DEUS  REFLEXÃO FILOSOFIA X AUTORITARISMOS 
A Filosofia Medieval está inteiramente subordinada à teologia eclesiástica da época, como continua até nossos dias, sem nenhuma liberdade de investigar a verdade objetiva em si mesma. O filósofo eclesiástico tem de considerar de antemão, como verdadeiro, tudo o que a autoridade teológica decretar como tal e ter por falso tudo que ela condenar. Os contraventores a essa norma teológica sempre foram punidos, muitos deles com a morte. Afirmam os escolásticos que os dogmas da Igreja são a expressão pura e fidedigna da revelação divina contra a qual nenhuma filosofia humana pode prevalecer. Estaria a Revelação Divina em consonância com Teologia Eclesiástica? pergunta-se um pensador. Essa teologia não seria apenas uma tentativa de interpretar a Revelação Divina? Poderia haver uma teologia definitiva no seio de uma humanidade em permanente estado de evolução? Deus é certo, é absoluto, mas o conhecimento que o homem tem de Deus é relativo suscetível de progresso e evolução incessante. Uma filosofia viva e dinâmica estará sempre em alerta acompanhando os passos do conhecimento intelecto-moral do homem inclusive questionando esses passos. Assim pode a filosofia se subordinar a qualquer tipo de poder, seja ele político, religioso ou até mesmo científico?  TEMA (Extremos) "Duvidar de tudo ou crer em tudo são duas soluções igualmente cômodas, que nos dispensam, ambas, de refletir." ( Henri Poincare ) 

1ª PARTE – OBJETIVO DESTA AULA 
 Esta aula tem por objetivo estudar a filosofia no período entre Agostinho e Tomás de Aquino. Estamos falando de oito séculos. Pouco se desenvolveu a filosofia nesta época considerando o que caminhou na antiguidade, pois esteve o tempo todo sujeita ou subordinada a teologia.

 2ª PARTE – INTRODUÇÃO 
 A Escolástica se estende do século IX ao século XVI e tinha esse nome porque era a filosofia ensinada nas escolas da época. Distintamente da Patrística, cujo interesse é, sobretudo religioso e o objetivo foi a criação da Teologia Católica e o Eclesiastismo enquanto o interesse da Escolástica será sobretudo especulativo e seu fim foi a elaboração da Filosofia Cristã.  

3ª PARTE: IDADE MÉDIA - CONTEXTO HISTÓRICO 
 Iniciamos aqui um período que tem aspectos controvertidos. A história medieval, seus limites cronológicos são imprecisos: alguns historiadores iniciam a idade média com o Edito de Milão em 313; outros, com o batismo de Constantino, em 337; outros ainda, com a queda do imperador Rômulo Augusto destronado em 476, quando se instalou o domínio dos bárbaros sobre o império romano do ocidente. O final da Idade Média é, geralmente fixado com a queda do império romano do oriente, em 1453, quando os turcos tomaram Constantinopla.  No final do século V a dissolução do Império Romano do Ocidente tornou-se mais intenso, pois as invasões germânicas promoveram divisões de seus territórios. A Igreja de Roma absorveu a forma de administração centralizadora deixada pelo Império Romano e logo em seguida o papa Gregório Magno (590 a 604) impõe o poder papal para além das fronteiras italianas, exigindo subordinação dos demais bispos e patriarcas. Em meados do século VIII o papado recebe um forte aliado, o rei dos francos.  Todo esse contexto histórico influencia diretamente a filosofia da época. Depois da morte de Agostinho não se desenvolve nenhuma corrente de pensamento de importância marcante até quatro séculos depois quando surge a escolástica.

 4ª PARTE: A ESCOLÁSTICA – EDUCAÇÃO E CULTURA NA IDADE MÉDIA 
 A Escolástica representa o último período da história do pensamento cristão que vai do início do século IX até o fim do século XV. Os termos escolásticos provem do ensino ministrado nas escolas dessa época pelos mestres denominados scholasticus.  Diferentemente da Patrística cujo interesse é acima de tudo religioso e cuja glória é a elaboração da teologia dogmática católica, o interesse da escolástica é acima de tudo especulativo e sua glória é a elaboração da filosofia cristã.  A Escolástica pode ser dividida em três períodos como feito com a Patrística: o primeiro  denominamos pré-tomista que vai do começo do século IX (Carlos Magno) até a metade do século XIII (Tomas de Aquino), o segundo período da Escolástica é dominado pela figura de Tomas de Aquino e o terceiro período que é o declínio dessa corrente de pensamento denominado pós-tomista (século XIII a XV). Carlos Magno (742-814), aliado dos papas e poderoso imperador dos francos pretende desenvolver seu império educando intelectual, moral e religiosamente os povos bárbaros que formam o seu vasto império  O meio natural eram as escolas e o clero era quem se apresentava mais apto e preparado para a tarefa didática. Preparava assim uma classe dirigente e os funcionários do império franco. Existiam dois tipos de escolas: as monásticas surgidas nos mosteiros afastadas das cidades e as episcopais que se situavam nas cidades. Estas escolas visavam a formação do clero e leigos instruídos para a vida civil.  Presidia estas escolas um eclesiástico chamado scholasticus subordinado diretamente ao bispo da região. Daí, portanto, o nome escolástico. Carlos Magno deu importância a essas escolas e para tanto chama da Inglaterra um entendido de ensino por nome Alcuíno que administra a implantação de escolas no império. As matérias nelas ensinadas eram: o trívio (gramática, retórica e dialética) e o quadrívio (aritmética, geometria, astronomia e música).  A partir do século XII começam a surgir as Escolas Superiores e Universidades. A primeira foi a Escola Superior de Medicina foi em Salerno (Golfo de Salerno – Itália) e  posteriormente surgiram: a de Bolonha (1088), Montpellier (1125), Paris (1150), Oxford (1168), Cambridge (1209), Salamanca (1218), Pádua (1222), Nápoles (1224), Toulouse (1229), Valencia (1245), Coimbra (1290), Pisa (1342), Heildelberg (1385), Colônia (1388), Tubingen (1409).  Apesar do esforço na implantação do ensino, ele ainda era elitista e o analfabetismo dominava.

 5ª PARTE: A ESCOLÁTICA PRÉ-TOMÍSTICA 
 Esta fase da escolástica vai do século IX a meados do século XIII a qual é subdividida em: a escolástica dos universais criada e defendida por Scoto Erígena. Trata-se da concepção do mundo descendo da unidade a multiplicidade e retornando da multiplicidade a unidade. De Deus desce-se às idéias supremas, aos gêneros, às espécies, aos indivíduos e vice versa retornando a Deus.  Nos séculos XI e XII ocorre a polarização entre místicos que hostilizam a razão e os dialéticos (Anselmo de Aosta e Abelardo) que da razão fazem largo uso para penetrar racionalmente nos mistérios. Destaca-se neste período a figura de Pedro Abelardo (1079-1142) famoso professor em Paris, filósofo e teólogo, grego e cristão, cético e sistemático, forte crítico e dialético.  No século XIII a atividade escolástica foi essencialmente lógico-dialético. O conteúdo dessa atividade foi proporcionado pela descoberta do sistema aristotélico através dos filósofos árabes, Avicena (persa – 980-1037), Averróis (Córdoba 1126-1198) e do filósofo judeu Maimonides (Córdoba 1135-1204).


 6ª PARTE – A FILOSOFIA MEDIEVAL   Três características da filosofia medieval que diferenciam do pensamento antigo e moderno: 1) estreita relação entre filosofia e religião;  2) Influência de Aristóteles em todos os campos (lógica, ética, filosofia natural e metafísica); 3) Unidade do método de exposição e investigação (disputa)  O pensamento medieval sofre muito a influência do cristianismo e do aristotelismo - fé e razão – Cristo e Aristóteles. O homem medieval no ocidente é resultado de um misto da revelação cristã e da razão aristotélica.    Não foi possível ignorar o amadurecimento e desenvolvimento do pensamento clássico, fez-se necessária uma nova sistematização, elaborada a partir dos problemas pensados pela filosofia pagã, e que foram neste momento conjugados com os pensamentos propostos pelo Cristianismo. Assim temos a filosofia cristã. A filosofia passa a ser homocêntrica, e seu verdadeiro problema é o homem; assim dois temas irão nortear a filosofia medieval: o homem e Deus.  A filosofia cristã apresentou dois grandes períodos: a filosofia dos Padres da Igreja, ou Patrística, que foi até o século V, e a filosofia dos Doutores da Igreja, ou Escolástica, que foi até o século XIV.  A filosofia foi utilizada para defender a religião cristã dos ataques dos seus adversários pagãos e para ajudar na justificação dos dogmas (pontos fundamentais e indiscutíveis de uma doutrina religiosa).  Do século V ao século VIII, com a queda do Império Romano, decaiu a produção intelectual, a ponto de podermos dizer que não se conhece nada de original no pensamento dessa época. Trata-se do período denominado Alta Idade Média, quando a Igreja cuidou de compilar em manuais os conhecimentos antigos. A filosofia, sem o concurso de homens que se dedicassem à especulação, ficou estacionária. Boécio (470-524) seria o único destaque neste período.  Assim, surgiu o segundo período da filosofia cristã: a Escolástica, ou filosofia das escolas, ensinada nas escolas e predominante na Europa, do século XI ao século XIV.  No século XI houve o inicio de uma reação. Com o estudo da Dialética, o interesse dos estudiosos voltou-se para o problema dos universais, que foi o tema mais debatido no século XI.

 7ª PARTE – A QUESTÃO DOS UNIVERSAIS 
 O método escolástico de investigação privilegiava o estudo da linguagem (o trivium: gramática, retórica e dialética) para depois passar ao exame das coisas (o quadrivium: geometria, aritmética, astronomia e música). Desse método surgiu a seguinte pergunta: qual a relação entre palavras e coisas? A rosa, por exemplo, é o nome de uma flor. Quando a flor morre, a palavra rosa continua existindo. Neste caso a palavra fala de uma coisa inexistente, de uma ideia geral. O neoplatonico Porfírio foi o grande inspirador dessa questão a séculos antes da escolástica. Esse problema filosófico gerou muitas disputas. Era a grande discussão sobre a existência ou não das ideias gerais, os chamados universais de Aristóteles. Tal discussão ficou conhecida como a Questão dos Universais, ou seja, da relação entre as coisas e seus conceitos. Envolvia não apenas problemas lingüísticos e gnosiológicos, mas também teológicos. Eis que surgiram duas correntes: o realismo e o nominalismo. O Realismo sustentava a tese de que os universais existiam de fato, os termos universais seriam entidades metafísicas, essências separadas das coisas individuais. Anselmo, bispo de Counterbury (Cantuária) professor de Abelardo sustentava que os universais existiam na mente divina. O Nominalismo defendia a ideia de que os termos universais, tais como, beleza, bondade e outros não existiriam em si mesmo, pois seriam apenas palavras e para seus defensores, o universal não passa de um nome uma convenção.

 8ª PARTE – PEDRO ABELARDO  –  1079 A 1142 
“Nada deve ser crido antes de ser entendido”       
 Pedro Abelardo, o primeiro intelectual da Idade Média, nasceu no burgo de Le Pallet. Filho de um cavaleiro amante das letras e que mais tarde faria votos monásticos. Na busca pelo conhecimento, Abelardo chegou a Paris disposto a frequentar as aulas de Guillaume de Champeaux na escola da catedral de Paris. O principal mestre no gênero da dialética. Travou uma disputa com o então estudante Abelardo sobre a questão dos universais.  Champeaux, adepto da proposta realista, foi arrasado por Abelardo em um silogismo em plena aula. O jovem teria 24 ou 25 anos e mostra a contradição existente no realismo. Neste episódio, Abelardo cria fama e começam aparecer algozes, cheios de inveja de sua fama repentina.
Abelardo conhece Heloísa, jovem muito bonita, órfã e sobrinha do cônego Fulbert. Heloísa com dezesseis anos e ele com trinta e nove anos. O filósofo conseguiu um meio de aproximar-se de Fulbert, oferecendo seus préstimos intelectuais à sua sobrinha. O cônego, ansioso pelo desenvolvimento de Heloísa nas belas-artes, consentiu. Essa nova e inebriante experiência alterou o cotidiano do eminente professor chegando a esquecer-se da filosofia. Logo Heloísa engravidou. Abelardo encaminha para a casa de sua irmã, na Bretanha. Abelardo procura Fulbert oferecendo casamento em troca de seu silêncio, para não prejudicar sua reputação. O cônego aceitou. Selaram o compromisso. Abelardo a enviou para uma abadia de religiosas reclusas onde Heloísa recebera instrução elementar. Nesse momento, Fulbert, pensando ser uma atitude com intuito livrar-se de Heloísa, tramou vingança mandando castrar Abelardo. Em seguida, Abelardo retira-se para um priorado, o convento beneditino de Maisoncelle, onde retomou suas aulas, enfatizando o estudo da teologia, porém sem abandonar o estudo das Artes Liberais. Protestos levantaram-se contra seu magistério. Ensinar teologia sem antes ter trilhado o caminho tradicional, "coberto pela autoridade de um mestre", foi considerado presunção de sua parte.  Busca de uma explicação racional para a fé; era a defesa da razão na teologia. No Concílio de Soissons (1121), suas teses foram condenadas. Foi obrigado a lançar seu livro à fogueira com suas próprias mãos, sem ter tido a chance de poder defendê-lo. Sua fama e prestígio entre os estudantes europeus continuavam crescendo. Para pagar suas preleções, os estudantes lavraram os campos e construíram uma capela; foi batizada de Paracleto (designativo aplicado a Cristo e especialmente ao Espírito Santo). Ali passou três anos de sua vida, sem ser esquecido por seus inimigos. Sofre novas perseguições e morre em 1142. Heloísa morre em 1164.   O filósofo Abelardo surge como um Deus e termina como pobre mortal, perseguido pelos homens e pela igreja. Marcou fortemente seu nome quando se trata de temas como: universais, realismo, conceitualismo, vício, pecado, etc. Sua obra é filosófica e teológica. Porém, numa época em que a filosofia subordinava-se a teologia. Trata questões da igreja em que existem contradições, mas não as resolve deixando-as sempre a critério do leitor. Não aceitava a infalibilidade dos doutores e teólogos, questionando a autoridade destes. Sua dialética exerce influência na escolástica da época, sendo usada posteriormente por Tomás de Aquino em sua Suma Teológica.  Até hoje existe controvérsia a respeito da intenção de Abelardo, contudo parece ser mais certo, que ele queria mostrar o absurdo da autoridade eclesiástica dominante.

 9ª PARTE – FILOSOFIA ÁRABE MEDIEVAL 
Tal como a filosofia cristã está vinculada ao parâmetro exterior da Bíblia, a árabe se vinculou ao Alcorão, contendo os ensinamentos de Maomé. A filosofia árabe teve um passado fortemente condicionado pelos sucessos políticos da etnia e pelo seu código religioso, talvez mais do que acontecia à filosofia dos povos ocidentais.         
O cristianismo se formou a partir dos judeus, o islamismo através dos árabes. Mas judeus e árabes acreditam terem tido um patriarca comum, Abraão, o qual gerara a uns pela sua mulher principal, a outros pela sua serva. Mas a nação árabe só 2 mil anos depois veio projetar-se política e culturalmente. O pensamento árabe representou, em suas mais remotas origens, uma dinâmica projeção dos grandes sistemas filosóficos gregos, ainda que em língua semítica e fundamentalmente modificado sob a influência oriental. A dimensão desse fato torna-se imensa quando se considera que o Ocidente deve aos filósofos árabes quase toda a preservação do platonismo e, sobretudo, do aristotelismo. A assimilação da cultura grega pelos árabes se processou através do sírio, idioma do mesmo grupo semítico, e que desde o domínio persa se destacava no uso administrativo do Oriente Médio. Com o estudo do mesmo grego, os tradutores passaram logo a fazer a tradução direta dos originais.         
 A tendência árabe para o neoplatonismo fora fácil de acontecer, por se tratar de uma filosofia bastante difundida e mesmo favorável à religião. Aliás, os cristãos dos primeiros séculos eram de tendência neoplatônica, e que perdurava no agostinianismo medieval. Mas, o neoplatonismo árabe e o neoplatonismo cristão tomaram rumos diferentes.  

10ª PARTE – AVERRÓIS  -  1126 - 1198 
 Foi um dos célebres filósofos árabes da Idade Média. A despeito de ter nascido em Córdoba, seu processo de aculturação sofreu forte influência muçulmana, vigente naquela época em toda a Espanha e que predominou por aproximadamente oito séculos. Nesse período, a cultura árabe, tanto filosófica quanto científica e literária, conheceu algumas de suas mais brilhantes épocas. Jurista, médico, mas, sobretudo um grande comentador de Aristóteles, sua influência na Idade Média e mesmo até o início da era moderna foi considerável. Averróis reúne em suas obras quase tudo o que os árabes tinham conservado da ciência grega. Tenta harmonizar a filosofia com a religião, reabilitar a razão e
defender a tese segundo a qual só há um intelecto para todo o gênero humano, sendo as almas individuais perecíveis. Defende ainda a eternidade do mundo, consequentemente a eternidade da matéria. Seus escritos filosóficos dividem-se em dois grupos: os comentários sobre as obras de Aristóteles e as obras independentes. Os comentários dividem-se em: os grandes comentários, onde o texto de Aristóteles é reproduzido por inteiro e comentado parágrafo por parágrafo; os comentários médios, livres paráfrases do texto, sem seguir rigorosamente o original e fazendo, às vezes, omissões; e epítomes, que são simples resumos sem relação com o texto.  
A obra de Averróis como a de seus predecessores, procurou conciliar filosofia e dogma representando a maturidade e a culminância da tradição aristotélica no pensamento muçulmano da Idade Média latina. Esse trabalho teve grande influência sobre a escolástica. Em essência, o averroísmo sustentava a eternidade do mundo, que, por haver sido criado por Deus, não tinha na eternidade uma contradição. Esse mundo criado e eterno teria surgido por emanação do primeiro princípio criador, mas sua eternidade exige também a eternidade da matéria, na qual subsistiriam, desde sempre e enquanto possibilidades, as formas extraídas por Deus para formar as coisas, e não introduzidas na matéria. A essa eternidade da matéria reagiram Tomás de Aquino e os antiaverroístas.   Entre os anos de 1270 e 1277 foram pronunciadas várias condenações ao Averroísmo, que se referem: o intelecto humano é uno e idêntico; o mundo é eterno; a alma corrompe-se com a corrupção do corpo; Deus não conhece as coisas singulares; o livre arbítrio é passivo; a vontade do homem escolhe seguindo sua necessidade. Todas estas proposições iam contra o Dogma Cristão.  

11ª PARTE - CONCLUSÃO   Assim, segundo Emmanuel, a ciência, cuja linha ascensional guarda seu ponto de princípio na curiosidade ou na dúvida, bem como a Filosofia, que se constitui das mais altas indagações espirituais, estavam totalmente escravizadas à Teologia. Porém, uma nova era despontava para a humanidade terrestre. Alan Krambeck 

12ª PARTE -MÁXIMA / LEITURAS E PREPARAÇÃO PARA PRÓXIMA AULA 
 Próxima aula:  Livro 1 Capítulo 14 – TOMAS DE AQUINO – APOGEU E DECLINIO DA ESCOLÁSTICA 
Leitura: - TOMAS DE AQUINO – Os Pensadores – Nova Cultural 

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