segunda-feira, 2 de março de 2015

Reforma intima. O despertar....

 Muito se ouve nos centros Espiritas sobre reforma intima, onde para a grande maioria é algo difícil e doloroso. Mas o que é uma reforma? Pensemos em nossa casa, quando alguma parte está quebrada, desgastada o que é necessário fazer? Arrumar...concertar... E isso despende paciência e tempo não é mesmo! A cada dia algo vai ficando pronto e mesmo querendo, é impossível reformar tudo de uma vez.

Assim se processa conosco, a reforma intima é algo natural porém necessária, se fará no decorrer da nossa existência, queiramos ou não! Porque faz parte da evolução.
Pensamos que ela é difícil e às vezes nos sentimos incapazes porque queremos tudo para ontem, nos cobramos demais, nos julgamos demais, estudamos, mas não refletimos no que lemos ou ouvimos... Não meditamos! Com isso, pouco ouvimos ou não ouvimos a nossa voz interior.
Na verdade temos receio de saber quem realmente somos ou o que sentimos, simplesmente porque não nos permitimos errar ou ter defeitos. Afinal somos espíritas!

Quando a natureza resolve nos dar uma mãozinha, lembrando que está na hora de mudarmos alguns pensamentos, sentimentos e a forma como vemos o mundo que nos rodeia e às pessoas que nele vivem, começamos a nos sentir incomodados, achando que há algo errado, deprimidos, às vezes com certa doença se somatizando e é nessa hora que, irmãos do mundo maior, guiam nossos passos à algum ponto de luz, onde iremos buscar auxílio espiritual. Chegando lá nos deparamos com a frase - é preciso fazer reforma intima!
Irmão não há como fugir, é a evolução caminhando e nos arrastando rumo a séculos e séculos de crescimento.

Vou dar um exemplo sobre um tema polêmico, religião, lá atrás já diziam, religião não se discute. Mas o convido à reflexão...

Somos espíritos muitos jovens, quando estávamos lá na pré-história, nossa primeira experiência no reino humanoide, tivemos que aprender a sobreviver, defendendo com unhas e dentes, tudo o que com o esforço e a intuição, presente do Céus, havíamos conquistado. Imagina como foi difícil. 

Pare, pense e reflita por alguns segundos...

Todos aqueles conhecimentos adquiridos e os sentimentos desenvolvidos estão dentro de nós, armazenados, e às vezes, vem à tona de várias formas e intensidades, nos ajudando ou atrapalhando.

 Quais sentimentos fomos desenvolvendo no decorrer dessa caminhada? O egoísmo, a violência, o carinho, ciúmes, agressividade, o medo, misticismo...

Desde que fomos criados, temos gravado na alma a existência de algo maior, e esse sentimento do sobrenatural, nos impulsionou a observar, questionar tudo ao nosso redor.
Os fenômenos da natureza eram vistos como algo divino, fazíamos oferendas, cantávamos, dançávamos, tudo em busca de benefícios e proteção.

Depois aprendemos que os deuses eram apenas ramificações de um único Deus e que Ele era muito severo. 

Mais tarde entendemos que esse Deus era um Pai, bom e justo.

Aprendemos que existia uma alma. 

Depois, que essa alma era imortal e que também nascia, morria e nascia de novo.

É hoje... 

Com todas essas experiências, sentimentos, e pensamentos, dentro de nosso subconsciente, estamos aprendendo o que é amar. O nosso grande desafio.

Somos mais de 4.5 bilhões de espíritos nessa Planeta, cada um é único, e está num determinado grau de maturidade. Agora, porque achar que ser espirita é ser perfeito? Eis a nossa ignorância.

Muitos dentro de uma casa espirita são devotos de algum santo, acendem velas para anjo da guarda, lêem  horóscopos do dia, sentem  curiosidade de saber a sorte com as runas ou o tarô, comem demais, fumam, bebem, gostam de sexo desvirtuado...

Estudam as obras da Doutrina, mas estão gravadas na mente e não no coração. Com tudo, diria que muitos são espiritualistas e não espíritas, perfeitos? Donos da verdade? Não!

Mas ... Apesar de tudo.... O que importa é a intenção.

Outro grande impecilio que atrasa nosso despertar , é que estamos dando muita importância à imagem, vivemos na ilusão e de ilusões, de aparências, prova viva são as redes sociais, onde só se posta sucesso! Lá, todos somos felizes, realizados, e muitas vezes a nossa vida interior está escangalhada.

Nos sentiremos mais leves quando deixarmos de nos culpar por tudo. 

Estudando, pensando e analisando, iremos compreendendo as diferenças, e naturalmente passamos a aceita-las. Tornamos verdadeiros irmãos. 


Elaine Saes.






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