quarta-feira, 11 de março de 2015

Os Corpos Superiores

IA Centelha Divina - nós - também chamada Mônada, sendo da mesma natureza do Imanifesto, o Absoluto, não pode "descer" para os Planos do universo manifestado (sete), e "mergulhar na corrente da evolução" (a famosa "Queda do Homem "). Por isso, cria uma projeção de si - o Eu Superior, a Individualidade, que possui todos os atributos da sua perfeição - extensão que é dessa Divina Centelha. Esse Eu Superior inclui três veículos - os corpos superiores - que possuem as divinas qualidades de Vontade/Amor-Sabedoria/Ação.

Esses três corpos da perfeição, reflexos da perfeição da Mônada, são conhecidos como Atma-Buddhi-Manas no Oriente; ou Corpos Atmico, Corpo Búdico e Corpo Causal (Mental Abstrato/Mental Superior) na nomenclatura mais familiar ao Ocidente. Eles são o Homem Real, o nosso Eu Interno de Luz e Beleza perfeitas (sem necessidade de retoques).

Essa é a "porção superior" do centauro, que as religiões costumam simplificar chamando de alma ou espírito imortal (ignorando sua constituição tríplice). Mas o que importa é o conceito claro que acompanha esse conjunto dos três corpos - o Ternário Superior. Trata-se da parte divina do homem, repositório de seus ilimitados poderes, da divina sabedoria e do perfeito amor (tanto que, ao transferir para esses corpos, em definitivo, a sua consciência - ao fim do longo (e quão longo!) trajeto na Senda da Sabedoria, o homem torna-se um mestre, um Homem Perfeito, unido à Consciência Divina. É o "espírito puro " que Kardec, mencionou. É a criatura, que assumiu a própria perfeição latente,tornando-se o ser divino que sempre foi. " Não ouvistes que foi dito Vós sois deuses "?, disse Jesus, citando a Sabedoria Milenar. Pois é ao nível desses três corpos que "somos deuses "). A nossa meta evolutiva - daí o aforismo oriental: "Tornai-vos aquilo que sóis", inexplicável sem a chave do conhecimento oculto.

O importante é salientar bem a natureza divina, portanto irretocável, desses três corpos - átmico, Búdico e causal, que compõem o nosso Eu Real (o Self, de Jung). " Somos deuses" em nossa Alma Imortal, a divina Psiké.

Resumindo: o que já é, por definição, perfeito, não precisa ser aperfeiçoado. É de um primarismo constrangedor, não é mesmo? Mas a dura experiência nos ensina que o óbvio, ai de nós, nem sempre é ululante.



Mariléia de Castro Grupo de Estudos Ramatis 
Extraído do livro Apometria Hoje 

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