segunda-feira, 10 de junho de 2019

OS PRIMEIROS DISCÍPULOS


Abandonando as margens do rio, Jesus recolheu-se ao santuário de Moab e seis semanas depois voltou a Betabara e, à sua aproximação, o profeta, que ali permanecia com seus discípulos atendendo ao povo, exclamou, apontando-O: “Eis o cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo”; e então dois de seus discípulos, João e André, movidos por irresistível impulso, seguiram a Jesus e, após o devido entendimento, foram aceitos, tornando-se seus primeiros discípulos, aos quais logo depois agregou-se Simão, filho de Jonas, todos galileus.

No dia seguinte partiram para a Galiléia, após despedirem-se do profeta que, aliás, ali estariam vendo pela última vez, na Terra, devendo ele daí por diante, como afirmou a seus discípulos, ir-se diminuindo até a morte, para que o Messias crescesse e desenvolvesse livremente a sua tarefa de redenção.

Em caminho encontraram-se com Filipe, que o Mestre também chamou a assim chegaram à casa da sogra de Simão, em Betsaida, junto ao Kineret, onde se hospedaram, voltando em seguida a Nazaré.

No dia seguinte, Filipe foi a Caná, cidadezinha perto de Nazaré, visitar um amigo chamado Natanael e, sentados debaixo de uma grande figueira, ao fundo da casa, contou-lhe que se tornara discípulo do Messias esperando, Jesus de Nazaré, ao que Natanael contestou com o refrão conhecido:

“poderá vir alguma coisa boa de Nazaré? Mas à insistência do amigo foram juntos até Jesus e Natanael é também recebido e incorporado ao grupo dos primeiros discípulos.

Dias depois foram todos a Caná e compareceram a uma festa de bodas, de parentes afastados da Maria, a Mãe de Jesus, que assim quis honrá-los e ajuda-los, porque eram pobres e onde, como narra o Evangelho, a seu pedido, Jesus realizou seu primeiro “milagre” público, convertendo água em vinho. Quando sua Mãe pediu-lhe par intervir, porque faltava vinho, Ele primeiramente lhe respondeu “que sua hora ainda não tinha chegado”, mas para satisfazê-la, interveio da forma conhecida.”

Aos poucos foi-se completando o quadro dos discípulos até por fazer o número de doze que, aliás, correspondia ao número das tribos de Israel. Foram eles, além dos já citados, os seguintes: Tiago (o maior), Mateus, Tomé, Tiago (o menor), Simão (o Zelote), Judas Tadeu e Judas de Kerioth.

A estes primeiros discípulos muitos outros se agregaram no decorrer das pregações, atingindo até o número de setenta e dois, porém, quando a tarefa tomou aspecto difícil, tornando-se trabalhosa e até mesmo perigosa, pela onda de hostilidades e ameaças que se acumularam contra Jesus e, também, por não compreenderem ou não concordarem com a doutrina que pregava, muitos se afastaram e por fim, somente permaneceram junto d’Ele os doze primitivos. Numa determinada ocasião ao verificar tal fato, Jesus perguntou aos discípulos citados se também não desejavam partir, ao que eles responderam: “para onde iremos se somente Tu tens as palavras da vida eterna?”. Destes doze, nos últimos dias, Judas de Kerioth também o abandonou e, após a crucificação, foi substituído por Matias, pela sorte.

*as festas de casamentos, comumente, duravam dias e todos, além de parentes e convidados, podiam entrar comer e beber, enquanto houvesse.

Edgard Armond - O Redentor –cap. 18
E Jesus, andando junto ao mar da Galiléia, viu a dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão, os quais lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores;
E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens.
Então eles, deixando logo as redes, seguiram-no.
E, adiantando-se dali, viu outros dois irmãos, Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, num barco com seu pai, Zebedeu, consertando as redes;
E chamou-os; eles, deixando imediatamente o barco e seu pai, seguiram-no.
E percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas suas sinagogas e pregando o evangelho do reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo.
E a sua fama correu por toda a Síria, e traziam-lhe todos os que padeciam, acometidos de várias enfermidades e tormentos, os endemoninhados, os lunáticos, e os paralíticos, e ele os curava.

Mateus 4:18-24

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