segunda-feira, 3 de abril de 2017

Amizades e afeições - LEI DA SOCIEDADE

Não apenas a simpatia como ingrediente único para facultar que os
afagos da amizade te adornem e enlevem o espírito.
Muito fácil ganhar como perder amigos. Quiçá difícil se apresente a
tarefa de sustentar amizades, ao invés de somente consegui-las.
O magnetismo pessoal é fator importante para promover a aquisição de
afetos.
Todavia, se o comportamento pessoal não se padroniza e sustenta em
diretrizes de enobrecimento e lealdade, as amizades e afeições não raro se
convertem em pesada canga, desagradável parceria que culmina em clima de
animosidade, gerando futuros adversários.
Nesse particular existem pequenos fatores que não podem nem devem
ser relegados a plano secundário, a fim de que sejam mantidas as afeições.
A planta não irrigada sucumbe sob a canícula.
O grão não sepulto morre.
O lume sem combustível se apaga.
A máquina sem graxa arrebenta-se.
Assim, também, a amizade que sem o sustento da cortesia e da
gentileza se estiola.
*
Se desejas preservar teus amigos não creias consegui-lo mediante um
curso de etiqueta ou de boas maneiras, com que muitas vezes a aparência
estudada, artificial, substitui ou esconde os sentimentos reais. Os impositivos
evangélicos que te apliques, ser-te-ão admiráveis técnicas de autenticidade,
que funcionam como recurso valioso para a sustentação do bem em qualquer
lugar, em toda situação, com qualquer pessoa.
A afabilidade, a doçura, a gentileza de alguém, aparentemente destituído
de simpatia conseguem propiciar a presença de amigos, retê-los e torná-los
afetos puros para sempre.
Amizades se desagregam ou se desgastam exatamente após
articuladas, no período em que os consórcios fraternos se descuidam de
mantê-las.
E isto normalmente ocorre, como conseqüência de atitudes que se
podem evitar: o olhar agressivo;
A palavra ríspida;
O atendimento hostil ou negligente;
A lamentação constante;
A irreverência acompanhada pela frivolidade;
A irritação contínua;
A queixa contumaz;
O pessimismo vinagroso.
Os amigos são companheiros que também têm problemas. Por essa
razão se acercam de ti.
Usa, no trato com eles, quanto possível, a bondade e a atenção, a fim de
que, um dia, conforme Jesus enunciou: “Já não vos chamo servos, porque o
servo não sabe o que faz seu senhor; mas, tenho-vos chamado amigos, porque vos revelei tudo quanto ouvi de meu Pai”, tornando-te legítimo amigo de todos, conseqúentemente fruindo as bênçãos da amizade e da afeição puras.

Joanna de Ângelis
Livro Leis Morais da Vida cap 33

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