Os pilares em que se assentam a Doutrina Espírita são:

A existência de Deus. A reencarnação ou pluralidade das existência. A pluralidade dos mundos habitados. A intercomunicação entre os dois planos da vida. O código de Moral do Evangelho do Cristo.

sábado, 12 de novembro de 2016

Discipulado




“E havia em Jope uma discípula chamada Tabita, que, traduzindo, se diz Dorcas. Esta estava cheia de boas obras e esmolas que fazia.” Atos dos Apóstolos 9:36.

A questão do discipulado é verdadeiramente importante para aquele que pretende dedicar-se à procura da Verdade. Para haver discípulos é necessário mestre. Mas, havendo mestres que orientem e homens que os sigam, também nascem os mitos.

Há homens que são mestres. São seres cujas experiências foram ampliadas em dimensões que o homem comum encontra dificuldades de entender. Ensinam sempre aprendendo. Transmitem sabedoria, mas não perdem a simplicidade. Teorizam a vida praticando o amor. Não impõem, sugerem. Nada forçam; compartilham as experiências, refazendo cada passo na companhia do pupilo.

Há homens que são discípulos. Sempre os haverá, pois refletem a busca eterna pela transformação. Mas ser discípulo é apenas seguir, buscar, procurar em si a força que aperfeiçoa. O discípulo, como tempo e devido aos ensinamentos do mestre, sente a necessidade de transcender o discipulado. Almeja o apostolado. É quando deixa de ser apenas seguidor e passa a experimentar a alegria de servir, a felicidade de realizar. Nesse momento, transcende a si mesmo e dá o primeiro passo rumo ao mestrado.

Há também o homem que se transforma ou é visto como mito. Mas o mito passa com o tempo. É uma imagem falsa da realidade. O homem mito ou mitificado, ou ainda, que se permite mitificar, assemelha-se às estátuas de um falso deus mitológico. Quando cai, destrói a esperança de quantos confiaram em si.

Entendemos, contudo, que ainda é necessário haver mitos, para se valorizar o discipulado. É preciso haver discipulados, para que a grandeza de servir como apostolado sirva de base para a formação do mestre.

O discípulo necessita desenvolver o conhecimento do Si. Em sua jornada de aprendizado, só será um verdadeiro iniciado quando a sua visão a respeito do mestre, for destituída de fantasias, sem as quais o mito não existe.

O caminho da iniciação espiritual é o da descoberta da Verdade. E antes a Verdade, os mitos caem, pois são ídolos criados pela imprudência e inexperiência dos homens.

Transcender o discipulado é libertar-se da ilusão dos sentidos e realizar-se.

O mestre, por isso mesmo, é aquele que conduz que educa e que promove a ascensão de seu discípulo, sem criar dependência e sem permitir o mito em torno de sua personalidade. Embora venerável, não perde a simplicidade e, sendo um mestre, não se contenta com o que sabe, colocando-se sempre na condição de aprendiz.

O caminho da verdadeira iniciação é a estrada integrar-se à simplicidade da vida. Os seres já iluminados são almas simples e aprendizes eternos da ciência da alma.


Extraído do livro Serenidade de Robson Pinheiro pelo espírito de Alex Zarthúr

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada por sua mensagem. Será publicada após aprovação.