terça-feira, 16 de agosto de 2016

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO – CAP II MEU REINO NÃO É DESTE MUNDO



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OS SINAIS DA RENOVAÇÃO– Jesus no Lar cap 24

Ante a assembleia familiar, o Mestre tomou a palavra e falou persuasivo:

- E quando o Reino Divino estiver às portas dos homens, a alma do mundo estará renovada.

“O mais poderoso não será o mais desapiedado e, sim, o que mais ame.

“O vencedor não será aquele que guerrear o inimigo exterior até a morte em rios de sangue, mas o que combater a iniquidade e a ignorância dentro de si mesmo, até à extinção do mal, nos círculos da própria natureza.

“O mais eloquente não será o dono do mais belo discurso, mas, sim, o que aliar as palavras santificantes aos próprios atos, elevando o padrão da vida, no lugar onde estiver.

“O mais nobre não será o detentor do maior numero de títulos que lhe conferem a transitória dominação em propriedades efêmeras da Terra, mas aquele que acumular, mais intensamente, os créditos do amor e da gratidão nos corações das mães e das crianças, dos velhos e dos enfermos, dos homens leais e honestos, operosos e dignos, humildes e generosos.

 “O mais respeitável não será o dispensador de ouro e poder amando e, sim o de melhor coração.

“O mais santo não será o que se isola em altares do supremo orgulho espiritual, evitando o contato dos que padecem por temer a degradação e a imundície, mas sim, aquele que descer da própria grandeza, estendendo mãos fraternas aos miseráveis e sofredores, elevando-lhes a alma dilacerada aos planos da alegria e do entendimento.

“O mais sábio não será o possuidor de mais livros e teorias, mas justamente aquele que, embora saiba pouco, procura acender uma luz nas sombras que ainda envolvem o irmão mais próximo...”

O Amigo Divino pousou os olhos lúcidos na noite clara que resplandecia, lá fora, em pleno coração da Natureza, fez longo intervalo e acentuou:

- Nessa época sublime, os homens não se ausentarão do lar em combate aos próprios irmãos, por exigências de conquista ou pelo ódio de raça, em tempestades de lágrimas e sangue, portanto estarão guerreando as trevas da ignorância, as chagas das enfermidades, as angústias da fome e as torturas morais de todos os matizes. Quando o arado substituir o carro suntuoso dos triunfadores, nas exibições públicas de grandeza coletiva, quando o livro edificante absorver o lugar da espada no espírito do povo; quando a bondade e a sabedoria presidirem às competições das criaturas para que os bons sejam venerados, quando o sacrifício pessoal em proveito de todos constituir a honra legítima da individualidade, a fim de que a paz e o amor não se percam, dentro da vida – então uma Nova Humanidade estará no berço luminoso do Divino Reino...

Nesse ponto, a palavra doce e soberana fez branda pausa e, lá fora, na tepidez da noite suave, as estrelas fulgurantes, a cintilarem no alto, pareciam saudar essa era distante...

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