domingo, 14 de fevereiro de 2016

CURSO DE FILOSOFIA ESPÍRITA LIVRO 1 CAP 9

(utilize o site – ifevale.org.br)
  ARISTÓTELES – A FILOSOFIA SISTEMÁTICA 

BIBLIOGRAFIA  A HISTÓRIA DA FILOSOFIA E OS PRINCIPAIS FILÓSOFOS – Alan Krambeck
OS PENSADORES - Aristóteles – Edit. Nova Cultural
NOÇÕES DE HISTÓRIA DA FILOSOFIA – Manoel P. São Marcos – Ed FEESP – págs 73 a 85 O PENSAMENTO FILOSÓFICO DA ANTIGUIDADE – Huberto Rodhen – págs. 123 a 139 OS FILÓSOFOS – Herculano Pires – Edições FEESP – págs. 101 a 123 
SITE:   www.mundodosfilosofos.com.br/aristoteles.htm 

REFLEXÃO
ARISTÓTELES E TOMÁS DE AQUINO
  Aristóteles admite que algo no homem sobrevive à morte corporal, mas a sua metafísica nunca chegou claro e diáfano sobre esse ponto. Em vez disso prefere insistir nas consequências éticas que essa existência post-mortem implica para a vida humana na existência atual. É claro, diz ele, que o estado futuro do homem depende do teor da vida presente; de maneira que é razoável e prudente praticar durante a vida terrestre, as virtudes que aperfeiçoam o nosso ser.  O tomismo vem se guiar, com alguns acréscimos neste princípio cético-agnóstico – “na existência do aquém procuro viver do melhor modo possível para que no além, tenha esperanças de uma sorte feliz”.
  
1ª PARTE: OBJETIVO DESTA AULA 
 Esta aula tem por objetivo tornar-nos familiar a Aristóteles, seu pensamento filosófico, suas obras e sua escola. Comentar seus tratados, principalmente sobre metafísica e a lógica, buscando entender onde o discípulo não concorda com o mestre.

2ª PARTE: ORIGENS – BIOGRAFIA – DISCÍPULO DE PLATÃO 
De pura raiz jônica, a família de Aristóteles estava tradicionalmente ligada à medicina e à casa reinante da Macedônia. Seu pai, Nicômaco, era médico e amigo do rei Amintas II, pai de Filipe. Estagira, a cidade onde Aristóteles nasceu, em 384 a.C. na Calcídia em território sob a dependência da Macedônia, era na verdade uma cidade grega, onde o grego era a língua que se falava. Aos 18 anos ao ingressar na Academia platônica – que viria a frequentar durante vinte anos – Aristóteles já trazia, como herança de seus antepassados, acentuado interesse pelas pesquisas biológicas. Ao matematismo que dominava na Academia, ele irá contrapor o espírito de observação e a índole classificatória, típicas da investigação naturalista, e que constituirão traços fundamentais de seu pensamento. Com a morte de Platão em 347 a.C, Aristóteles vai para Assos, na Ásia Menor, provavelmente decepcionado por não ter sido escolhido para assumir a direção da Academia, lá permanecendo até 345 a.C. Em 343 a.C., Filipe, rei da Macedônia, chama-o à corte de Pela (capital da Macedônia), para educar seu filho, Alexandre.  Em 336 a.C., Filipe é assassinado e Alexandre sobe ao trono. Logo em seguida prepara uma expedição ao Oriente, iniciando a construção de seu grande império. É o momento de voltar a Atenas (335 a.C.). Lá, próximo ao templo dedicado a Apolo Liceano, abre uma escola, o Liceu, que passou a rivalizar com a Academia, então dirigida por Xenócrates. Do hábito – aliás, comum em escolas da época
- que tinham os estudantes de realizar seus debates enquanto passeavam, teria surgido o termo peripatéticos (que significa “os que passeiam”) para designar os discípulos de Aristóteles. Ao contrário da Academia, o Liceu transformou-se num centro de estudos dedicados principalmente às ciências naturais. De terras distantes, conquistadas em suas expedições, Alexandre enviava ao ex-preceptor exemplares da fauna e da flora que iam enriquecer as coleções do Liceu. Mas o biologismo era mais que uma perspectiva de escola: tornou-se marca central da própria visão cientifica e filosófica de Aristóteles, que transpôs para toda a Natureza categorias explicativas pertencentes originalmente ao domínio da vida. Em particular, a noção de espécies fixas – sugerida pela observação do mundo vegetal e animal – exercerá decisiva influência sobre a física e a metafísica aristotélicas, na medida em que se reflete na doutrina do movimento, elaborada por Aristóteles. Depois da morte de Alexandre, em 323 a.C., Aristóteles passou a ser hostilizado pela facção antimacedônica, que o considerava politicamente suspeito. Acusado de impiedade deixou Atenas e refugiou-se em Cálcis, na Eubéia (ilha do mar Egeu). Aí morrendo no ano de 322 a.C., com 62 anos. Tendo em vista a elaboração de uma visão científica da realidade, desenvolveu a lógica formal para servir de ferramenta do raciocínio. 

3ª PARTE: AS OBRAS   Aristóteles escreveu alguns livros ditos exotéricos destinados ao grande público em forma de diálogos. Esses se perderam todos restando apenas alguns fragmentos. Destes temos: o Eudemo que tratava da imortalidade da alma; Protético que tratava da vida contemplativa e finalmente a Sobre a Filosofia no qual combate a teoria platônica das ideias que apresenta uma concepção cosmológica de cunho finalista e teológico.  Dos livros ditos esotéricos são os científicos e considerados mais profundos que foram destinados aos iniciados alunos do Liceu. Estes se conservaram. Foram elaborados sob a forma de pequenos tratados muitos dos quais reunidos sob um título comum. A arrumação desses tratados e títulos formaram o Corpus Aristotelicum e foram compilados por Andrônico de Rodes que dirigiu o Liceu no século I aC. O Corpus Aristotelicum apresenta a seguinte distribuição sistemática: 1ª parte – a Ciência Teorética ou Especulativa (que buscam o saber por si mesmo)  O Organon – que são os tratados de Lógica Obras do Estudo da Natureza – a Física; Sobre o Céu; Sobre a Geração e a Corrupção e os Meteorológicos. O Tratado da Alma – relativa aos seres vivos A Filosofia Primeira – sobre os princípios primeiros e as causas primeiras 2ª parte – a Ciência Prática (que buscam o saber para alcançar através dele, a perfeição moral)  A Ética e a Política - (A Ética a Niconaco, A Ética a Endemo, A Grande Moral)  A Política  A Retórica – a arte da argumentação 3ª parte – a Ciência Poética ou Produtiva (que busca o saber com a finalidade de produzir)  A Poética 

4ª PARTE: A METAFÍSICA – AS CAUSAS PRIMEIRAS 
A Filosofia nasce da admiração e do espanto, dizem Platão e Aristóteles. Admiração: Por que o mundo existe? Espanto: Por que o mundo é tal como é? Esse espanto ou admiração diante do mundo levou os primeiros filósofos a buscar uma explicação racional para a origem de um mundo ordenado, o cosmos. A cosmologia era uma explicação racional sobre a physis do Universo e, portanto, uma física. A palavra metafísica foi empregada pela primeira vez por Andrônico de Rodes, por volta de 50 a.C., quando recolheu e classificou as obras de Aristóteles que, durante muitos séculos, haviam ficado dispersos e perdidos. A expressão ta meta ta physyka significa literalmente: aqueles [escritos] que estão [catalogados] após os [escritos] da física. Embora ela seja adequada sob muitos pontos de vista, Aristóteles não usa esse nome em parte alguma. O próprio Aristóteles designa seus escritos às vezes como “filosofia primeira”, às vezes como “teologia”, e às vezes “a ciência que buscamos”, cujo tema é o estudo do “ser enquanto ser”; estuda “o ser das coisas”. Desse modo, o que Aristóteles chamou de Filosofia Primeira passou a ser designado como Metafísica ou Ontologia.
Ontologia é a própria Filosofia e o conhecimento do Ser, isto é, das ideias, é a passagem das opiniões sobre as coisas sensíveis mutáveis rumo ao pensamento sobre as essências imutáveis. Passar do sensível ao inteligível, é passar da aparência ao real, do Não-Ser ao Ser.  
Portanto, Filosofia Primeira ou Metafísica é o estudo ou o conhecimento da essência das coisas ou do ser real e verdadeiro das coisas, daquilo que elas são em si mesmas, apesar das aparências que possam ter e das mudanças que possam sofrer. 

5ª PARTE – AS CAUSAS PRIMEIRAS 
Aristóteles emprega o termo causa em sentido bastante amplo, isto é, no sentido de tudo aquilo que determina a realidade de um ser. As causas primeiras nos dizem o que é, por que é e para que é uma essência. São quatro as causas primeiras.  Causa Material – (SUBSTANCIA) aquilo de que é feito o objeto, a matéria. (por exemplo, água, fogo, ar, terra, o mármore utilizado na confecção de uma estátua); Causa Formal – (FORMA) aquilo que explica qual a forma que possui o objeto; aquilo que torna “um ser propriamente dito”. (por exemplo: o rio ou o mar são formas da água; uma estatua em forma de homem é a forma do mármore); Causa Eficiente ou Motriz – (CAUSA) aquilo que explica qual a origem, como uma matéria recebeu a forma para constituir uma essência; refere-se ao agente que produziu diretamente a coisa. (por exemplo o fogo é a causa eficiente que faz os corpos tornarem-se quentes; o escultor que fez a estátua); Causa Final ou Telos – (OBJETIVO) aquilo que dá o motivo, a razão ou finalidade para alguma coisa existir e ser como ela é; refere-se ao objetivo, a intenção, a finalidade ou a razão de ser de uma coisa. (P.ex. o bem comum é a causa final da política; o escultor tinha como finalidade exaltar a figura do soldado ateniense; O Primeiro Motor Imóvel é a causa final do movimento dos seres naturais).
 
6ª PARTE: DA SENSAÇÃO AO CONCEITO 
Segundo Aristóteles, a finalidade básica das ciências seria desvendar a constituição essencial dos seres, procurando defini-la em termos reais. Ao abordar a realidade, reconhecia a multiplicidade dos seres percebidos pelos sentidos. Assim, tudo o que vemos, pegamos, ouvimos e sentimos é aceito como elemento da realidade sensível. Portanto, rejeitava a teoria das ideias de Platão, segundo a qual os dados transmitidos pelos sentidos não passam de distorções, sombras ou ilusões da verdadeira realidade existente no mundo das ideias. Para Aristóteles, a observação da realidade leva-nos à constatação da existência de inúmeros seres individuais, concretos, mutáveis, que são captados por nossos sentidos. Partindo dessa realidade sensorial – empírica -, a ciência deve buscar as estruturas essenciais de cada ser. Em outras palavras, a partir da existência do ser, devemos atingir a sua essência, através de um processo de conhecimento que caminharia do individual e específico para o universal e genérico. Neste sentido, o ser individual, concreto, único não pode ser objeto da ciência. O objeto próprio das ciências é a compreensão do universal, visando o estabelecimento de definições essências, que possam ser utilizadas de modo generalizado. A indução (operação mental que vai do particular para o geral) representa, para Aristóteles, o processo intelectual básico de aquisição de conhecimento. Ela possibilita ao ser humano atingir conclusões científicas, de âmbito universal, a partir do trabalho metódico com os dados sensíveis – que sempre apresentam seres individuais, concretos e únicos. 

7ª PARTE: DIFERENÇA ENTRE ARISTÓTELES E SEUS PREDECESSORES (PARMÊNIDES E PLATÃO) 
Embora a metafísica tenha começado com Parmênides e Platão, costuma-se atribuir seu nascimento a Aristóteles por três motivos principais: 1) O mundo das coisas sensíveis, ou a Natureza, não é um mundo aparente e ilusório. Pelo contrário, é um mundo real e verdadeiro cuja essência é, justamente, a multiplicidade de seres e a mudança incessante. Aristóteles afirma que o ser da Natureza existe, é real, que seu modo próprio de existir é a mudança e que esta não é uma contradição impensável.  2) A essência verdadeira das coisas naturais e dos seres humanos e de suas ações não está no mundo inteligível, separado do mundo sensível, onde as coisas físicas ou naturais existem e onde
vivemos. As essências, diz Aristóteles, estão nas próprias coisas, nos próprios homens, nas próprias ações e é tarefa da Filosofia conhecê-las ali mesmo onde existem e acontecem, e para conhecê-las é preciso partir da sensação até alcançar a intelecção, ou seja, partindo dessa realidade sensorial – empírica -, a ciência deve buscar as estruturas essenciais de cada ser.  3) Ao se dedicar à Filosofia Primeira ou Metafísica, a Filosofia descobre que há diferentes tipos de modalidades de essências.  Existe a essência dos seres físicos ou naturais (minerais, vegetais, animais, humanos), cujo modo de ser se caracteriza por nascer, viver, mudar, reproduzir-se e desaparecer – são seres em devir e que existem no devir.  (Devir = mudança das coisas; passagem de uma coisa a um outro modo de existir, contrário ao que possuía – o dia vira noite, a saúde vira doença, o pequeno aumenta, etc.).  Existe a essência dos seres matemáticos, que não existem em si mesmos, mas como formas das coisas naturais, podendo, porém, ser separados delas pelo pensamento e ter suas essências conhecidas; são seres que, por essência, não nascem, não  mudam, não se transformam nem perecem, não estado em devir nem no devir.  Existe a essência dos seres humanos, que compartilham com as coisas físicas o surgir, o mudar e o desaparecer, compartilhando com as plantas e os animais a capacidade para se reproduzir, mas distinguindo-se de todos os outros seres por serem essencialmente racionais, dotados de vontade e de linguagem. pela razão, conhecem; pela vontade, agem; pela experiência, criam técnicas e as artes.  Existe a essência de um ser eterno, imutável, imperecível, sempre idêntico a si mesmo, perfeito, imaterial, conhecido apenas pelo intelecto, que o conhece como separado de nosso mundo, superior a tudo que existe, e que é o ser por excelência: o ser divino, chamado o Primeiro Motor Imóvel.  A mudança ou o devir são a maneira pela qual a Natureza, ao seu modo, se aperfeiçoa e busca a perfeição do imutável divino. O ser divino chama-se Primeiro Motor porque é o princípio que move toda a realidade, e chama-se Primeiro Motor Imóvel porque não se move e não é movido por nenhum outro ente. 

8ª PARTE – OS PRINCIPAIS CONCEITOS DA METAFÍSICA ARISTOTÉLICA 
Matéria: é o elemento de que as coisas da Natureza, os animais, os homens, os artefatos são feitos; sua principal característica é possuir virtualidades ou conter em si mesma possibilidades de transformação, isto é, de mudança.  Forma: é o que individualiza e determina uma matéria, fazendo existir as coisas ou os seres particulares; sua principal característica é ser aquilo que uma essência é num determinado momento, pois a forma é o que atualiza as virtualidades contidas na matéria; Essência: é a unidade interna e indissolúvel entre uma matéria e uma forma, unidade que lhe dá um conjunto de propriedades ou atributos que a fazem ser necessariamente aquilo que ela é. A essência é universal. Por exemplo, um ser humano é por essência um animal mortal racional dotado de vontade, etc. Acidente: é uma propriedade ou atributo que uma essência pode ter ou deixar de ter sem perder seu ser próprio; algo que não ocorre sempre, somente às vezes, por uma casualidade qualquer. O acidente é particular. Por exemplo, um ser humano é racional ou mortal por essência, mas é baixo ou alto, negro ou branco, por acidente. Potência: é o que está contido numa matéria e pode vir a existir, se for atualizado por alguma causa; por exemplo, a criança é um adulto em potência ou um adulto em potencial. Ato: é a atualidade de uma matéria, isto é sua forma num dado instante do tempo; é a manifestação atual do ser, aquilo que já existe. Substância ou Sujeito: é o substrato ou o suporte onde se realizam a matéria-potência, a forma-ato, onde estão os atributos essências e acidentais, sobre o qual agem as quatro causas, em suma, é o Ser. Seres ou sujeitos individuais realmente existentes, com sua essência e seus acidentes (Sócrates, esta mesa, esta flor, Maria, Pedro, este cão, etc.).
 
9ª PARTE – A DIALÉTICA PLATONICA E A LÓGICA ARISTOTÉLICA 
A Dialética Platônica é um procedimento intelectual e lingüístico que parte de alguma coisa que deve ser separada ou dividida em dois ou duas partes contrárias ou opostas, de modo que se conheça sua contradição e se possa determinar qual dos contrários é verdadeiro e qual é falso. A cada divisão surge um par de contrários, que devem ser separados e novamente divididos, até que se chegue a um termo indivisível, isto é, não formado por nenhuma oposição ou contradição e que será a idéia verdadeira ou a essência da coisa investigada. Partindo de sensações, imagens, opiniões contraditórias
sobre alguma coisa, a dialética vai separando os opostos em pares, mostrando que um termo é aparência e ilusão e o outro, verdadeiro ou essência. A dialética é um debate, uma discussão, um diálogo entre opiniões contrárias e contraditórias para que o pensamento e a linguagem passem da contradição entre as aparências à identidade de uma essência. Superar os contrários e chegar a o que é sempre idêntico a si mesmo é a tarefa da discussão dialética. Aristóteles considera desnecessário separar realidade e aparência em dois mundos diferentes – há um único mundo no qual existem essências e aparências. Há seres cuja essência é mudar e há seres cuja essência é imutável. Para Aristóteles, a mudança não se realiza sob a forma de contradição.  Assim, por exemplo, quando a criança se torna adulta ou quando a semente se torna árvore, nenhuma delas tornou-se contrária a si mesma, mas desenvolveu uma potencialidade definida pela identidade própria de sua essência. Aristóteles considera também, que a dialética não é um procedimento seguro para o pensamento e a linguagem da filosofia e da ciência, pois tem como ponto de partida simples opiniões contrárias dos debatedores, e a escolha de uma opinião contra outra não garante chegar à essência da coisa investigada. Para Platão, a dialética é um modo de conhecer, Para Aristóteles, a lógica (ou analítica) é um instrumento para o conhecer. Como o próprio nome diz, trata-se de uma análise do pensamento nas suas partes integrantes. A lógica aristotélica oferece procedimentos que devem ser empregados naqueles raciocínios que se referem a todas as coisas das quais possamos ter um conhecimento universal e necessário, e seu ponto de partida não são opiniões contrárias, mas princípios, regras e leis necessárias e universais do pensamento. Para Aristóteles a lógica não era uma ciência, mas um instrumento para as ciências. Ela seria a razão como instrumento da ciência ou meio de adquirir e possuir a verdade. E o ato da razão seria o ato de raciocinar, ou argumentar. Raciocínio é um tipo de operação discursiva do pensamento consistente em encadear logicamente juízos e deles tirar uma conclusão. Por exemplo: Todos os homens são mortais. Sócrates é homem. Logo, Sócrates é mortal.

10ª PARTE: CONCLUSÃO 
 Aristóteles é o último dos mais eminentes filhos da Grécia antiga, pois esta, ao que parece havia terminado a sua missão.  Com Sócrates (doutrina do conceito) entra a filosofia em seu caminho definitivo. Com Platão (procurando determinar a relação entre o conceito e a realidade) dá um passo à frente, apesar de encalhar de um lado, nas dificuldades de um realismo exagerado; de outro, nas extravagâncias de um idealismo extremo. Com Aristóteles, possuidor de espírito positivo e observador, retoma o mesmo problema no pé em que o pusera Platão e dá-lhe, pela teoria da abstração e da inteligência ativa, uma solução satisfatória (lógica Aristotélica) que dominou o mundo antigo, o medieval, e o moderno, exercendo ainda poderosa influência no mundo contemporâneo. 
Alan Krambeck 

11ª PARTE: TEMA E LEITURAS PARA A PRÓXIMA AULA 
Próxima aula: 
 Livro 1 –Cap. 10 - Filosofia Helenística (Epicúreos / Hedonistas e Estóicos / Cínicos) 
Leitura:   A HISTÓRIA DA FILOSOFIA E OS PRINCIPAIS FILÓSOFOS – Alan Krambeck   OS FILOSOFOS – J. Herculano Pires – Edit FEESP   O MUNDO DE SOFIA – Jostein Gaarder – Edit Cia das Letras 

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