segunda-feira, 6 de abril de 2015

Atlântida


"Com que fim Deus castiga a humanidade com flagelos destruidores?

— Para fazê-la avançar mais depressa. Não dissemos que a destruição é necessária para a regeneração moral dos Espíritos, que adquirem em cada nova existência um novo grau de perfeição? É necessário ver o fim para apreciar os resultados. Só julgais essas coisas do vosso ponto de vista pessoal, e as chamais de flagelos por causa dos prejuízos que vos causam; mas esses transtornos são frequentemente necessários para fazer com que as coisas cheguem mais prontamente a uma ordem melhor, realizando- se em alguns anos o que necessitaria de muitos séculos." Allan Kardec, em O Livro dos Espíritos, item 737

NA HISTÓRIA DAS civilizações que se ergueram na superfície do vosso mundo, a Atlântida e a Lemúria ressaltam por guardarem experiências seculares, que mais tarde influenciaram os destinos de outros povos da Terra.

Embora considerados por muitos como sendo uma lenda, os povos que habitaram essas regiões tiveram sua existência sob o mesmo céu que vos abençoa as expressões da vida na crosta planetária.

Com seus conhecimentos, ergueram uma civilização que, em muitos aspectos, sobrepujaria a vossa, não fosse o orgulho que mais tarde caracterizou a raça e marcou o início de seu declínio moral.

O conhecimento de certas leis naturais facultou-lhes a criação de uma religião comandada por certa casta de sacer- dotes, que manipulavam os elementos fluídicos do mundo oculto, enquanto as multidões eram dirigidas por estes que foram considerados sábios e poderosos.

Templos suntuosos para a época erguiam-se em vários lugares do continente e eram consagrados ao estudo das leis do mundo oculto.

Era notável a riqueza de seus rituais e o aparato com que eram disfarçadas as manifestações psíquicas de seus dirigentes e sábios.

As realizações desse povo alcançaram outros continentes, tornando-se lendária a sua existência. Ao longo de suas experiências evolutivas, tais pessoas foram abençoadas com a presença periódica de emissários do Alto, que reencarnavam em seu seio, revelando-lhes expressões da Verdade, confor- me poderiam absorver.

Com o orgulho de seus governantes, que se revelou aos poucos, a ciência e a religião, antes unidas com o objetivo de auxiliar o progresso, foram decaindo, a ponto de se transformarem num misticismo exagerado e doentio. O povo, entregue à ignorância, acabou atraindo para si um destino que lhe marcou o fim dessa etapa evolutiva.

Cientistas responsáveis e verdadeiros sábios, quando procuraram alertar a nação para o fim que estava próximo, foram ridicularizados pelas massas, instigadas pelo governo decadente. Muitos foram expatriados, ocasião em que transportaram o conhecimento adquirido em anos de lutas e atividades, pesquisas e realizações, para outras terras.

Mais tarde, vários povos seriam beneficiados com conhecimentos trazidos da Atlântida. Porém, o orgulho dos beneficiados iria impedir que reconhecessem oficialmente a origem de sua sabedoria e experiências, preferindo omitir em seus registros históricos a gênese de sua ciência e realizações.

Mas os arquivos do mundo espiritual guardam a memória de todos os acontecimentos desenvolvidos no mundo, tendo ficado impressa eternamente, na luz cósmica28, a história das civilizações humanas. Muitos dos vossos historiadores com certeza se sentiriam envergonhados ao descobrirem que cer-tos acontecimentos por eles descritos em vossos registros históricos não guardam semelhança com a verdade, por haverem sido manipulados segundo os propósitos mesquinhos dos homens e de certas nações. Muitos homens considerados heróis por vossa história, aqui, deste lado, aportam na mendicância espiritual, devido à triste realidade moral em que se encontram.

A Atlântida encontrou o fim de seu processo evolutivo em meio ao cataclismo físico, após a decadência moral e espiritual que se abateu sobre a nação. O fenômeno cósmico que provocou o seu fim foi atraído pela carga psíquica desenvolvida por seus habitantes imprudentes, que, apesar de haverem adquirido vastas experiências, conhecimentos e sabedoria, acabaram entregando-se ao império dos instintos e paixões descontroladas, atraindo, com suas vibrações, os cataclismos que lhes assinalaram o juízo final.
Emigrados daquelas terras que se afundaram nos oceanos, milhares de espíritos de antigos atlantes reencarnaram em outros continentes do planeta, enquanto outros, ainda encarnados, conseguiram escapar a tempo da destruição que se abateu sobre a sua nação. Serviram, então, de depositários e intérpretes do conhecimento adquirido, perante os países para onde se dirigiram.

O fim da Atlântida abalou profundamente a situação do planeta, após o incidente cósmico que marcou aquela época, modificando o clima e a conformação geológica do vosso mundo.

Os atlantes criaram suas próprias forças destrutivas, que foram combinadas com os recursos da natureza, como gases e outras forças naturais, que produziram a maior de todas as erupções nascidas das entranhas da Terra. A Atlântida, localizada perto do Mar de Sargaços29, encontrou a sua destruição, e, logo após, o restante do continente. O orgulho de seus habitantes atraiu para o seu paraíso terrestre os cataclismos que marcaram o seu fim.

Atrás de todos esses acontecimentos a presença augusta e soberana de Jesus velava amorosamente pelos povos do mundo. Desde outros mundos, quando as levas de espíritos vieram deportados para a Terra, o Mestre orientava os desti- nos do homem.

O fato ocorrido nessas épocas remotas leva o homem moderno a refletir quanto ao destino da civilização atual. Qual caminho estais percorrendo em vossas realizações? Poderá a história se repetir em nova etapa? Que cada um de vós possa refletir e vos posicionar conforme a vossa própria consciência o determinar.

Os tempos são outros, mas muitos espíritos daquela épo- ca continuam reencarnando através dos séculos. Hoje, os dirigentes espirituais do vosso planeta aguardam a decisão dos homens da Terra a fim de auxiliarem na entrada do próximo ciclo evolutivo. Jesus permanece o mesmo, dirigindo o leme da embarcação planetária em sua manifestação de misericórdia, até que os espíritos da Terra acordem para a vida espiritual.

O autor espiritual indicou, a propósito de suas afirmações acerca da Atlântida, o trabalho de um jornalista norte-americano, que procurou investigar vestígios arque- ológicos dessas civilizações perdidas do passado. O livro é um best-seller mundial, e foi traduzido para o português e publicado no Brasil (HANCOCK, 1999).

Nota do autor espiritual – É conhecida a referência de Platão à Atlântida em seu diálogo Timeu, no qual fala do grande continente que existia n0 oceano há "9 mil anos" — ou seja, há cerca de 11.400 anos da época atual. Ossos humanos e de animais têm sido encontrados no fundo do Mar do Norte (Europa Setentrional). Um dos maiores atestados do afogamento de terras no mundo tem sido a descoberta de grandes edifícios submersos, muralhas, estradas pavimentadas e trilhas encontradas sob as águas da costa ocidental da Europa, do sul da África e do sudeste da Améri- ca do Norte. 

29 Mar de Sargaços está localizado no Atlântico Norte (coordenadas aproximadas: 20 a 40° N e 35 a 75° W), a leste dos Estados Unidos. Não está delimitado por fronteiras físicas, mas por uma série de características peculiares observadas em suas águas, entre as quais se destaca a presença de grande quantidade de algas marinhas, razão que explica seu nome. Ocupando uma área de cerca de 5,2 milhões de quilômetros quadrado apresenta forma ovalada, e as únicas ilhas que banha são

 

28 Luz cósmica – É familiar à literatura espiritualista a referência aos chamados registros akásicos ou akáshicos. Muitos autores falam da propriedade singular que a luz possui de armazenar a memória de todos os acontecimentos, fato reconhecido por escolas de pensamento as mais diversas. Entre eles podemos citar Fritjof Kapra. Camille Flammarion, Helena Blavatsky, etc. 

Extraído do livro Gestação da Terra - Robson Pinheiro -  espírito de Alex Zarthú. Pág 52/53/54/55

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